PF prende três suspeitos de serem os mandantes da morte de Marielle Franco

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* O deputado federal Chiquinho Brazão, o irmão dele e conselheiro do TCE-RJ, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, foram presos na manhã de ontem no Rio de Janeiro acusados de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco. Os três foram levados pela PF para presídios federais em Brasília. A operação cumpriu outros 12 mandados de busca e apreensão.

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Para a PF, os irmãos Brazão foram os mandantes e Rivaldo Barbosa participou do planejamento do atentado, que matou também o motorista da vereadora, Anderson Gomes. Barbosa foi nomeado chefe da Polícia Civil do Rio um dia antes da morte de Marielle, por indicação do general Walter Braga Netto, que comandava a intervenção federal na cidade. Ele também é acusado de ter obstruído as investigações. Leia a cronologia do caso.

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O relatório da PF aponta que a vereadora foi morta "por ser vista como um obstáculo aos interesses" dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão. A partir da delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, que é apontado como autor dos disparos, os agentes analisaram a atuação política de Marielle em supostas atividades criminosas dos irmãos Brazão, principalmente relacionadas a milícias e grilagem de terras. Leia mais na Folha.

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Na madrugada de hoje, o STF formou maioria para manter a prisão preventiva dos três suspeitos. O ministro Alexandre de Moraes convocou a 1ª turma para analisar as prisões que resultaram ontem da Operação Murder Inc., que foi autorizada por ele. A sessão virtual começou pouco depois da meia-noite e segue aberta até às 23h59 desta segunda.

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* O União Brasil expulsou o deputado Chiquinho Brazão. A reunião da executiva do partido que estava marcada para amanhã, foi antecipada para ontem à noite, de forma virtual e em caráter de urgência, depois que o deputado foi preso pela Polícia Federal, acusado de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco. A decisão foi unânime pela expulsão e desfiliação partidária. Leia mais na Folha.

* Ao menos 25 pessoas morreram por causa das fortes chuvas que atingiram a região Sudeste no fim de semana. O Espírito Santo registrou 17 mortes, 15 na cidade de Mimoso do Sul e outras duas em Apiacá. Pelo menos 5.200 pessoas estão desalojadas e 255 desabrigadas em todo o estado. O governo decretou situação de emergência em 13 municípios. O Rio de Janeiro teve oito mortes em Petrópolis, Teresópolis, Duque de Caxias e Arraial do Cabo. Os Bombeiros atenderam a 237 ocorrências relacionadas às chuvas e 160 pessoas foram resgatadas com vida.

* O prefeito de São Paulo pede a rescisão do contrato com empresa de energia. Ricardo Nunes disse que "ninguém aguenta mais" e entrou com uma representação contra a Enel no TCU e na Aneel. Na semana passada, a capital paulista sofreu mais uma vez com apagões na região central, que prejudicou comerciantes, o funcionamento de hospitais e cancelou uma série de eventos e espetáculos culturais. Cartões postais da cidade, como o Copan e o edifício Itália, também ficam às escuras.

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