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Japão cogita encerrar estado de emergência em regiões com casos estáveis

Pessoas usam máscaras após Japão decretar estado de emergência - ISSEI KATO/REUTERS
Pessoas usam máscaras após Japão decretar estado de emergência Imagem: ISSEI KATO/REUTERS

Em Tóquio (Japão)

11/05/2020 11h47

O Japão pode suspender o estado de emergência em muitas regiões nesta semana se as infecções novas de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, estiverem sob controle, disse o ministro da Economia hoje, agora que o país inicia uma volta gradual da atividade econômica.

A emergência em vigor desde o mês passado dá aos governadores de 47 regiões uma autoridade maior para pedir que as pessoas fiquem em casa e que os negócios fechem, mas não existem multas nem prisões por descumprimento.

Na semana passada, o governo prorrogou a emergência até o final de maio, mas alguns negócios não essenciais já reabriram mesmo nas 13 regiões mais afetadas e designadas como "distrito de alerta especial", incluindo Tóquio e Osaka.

O ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura, disse que o governo planeja uma reunião de especialistas médicos, provavelmente na quinta-feira, para delinear as diretrizes para a suspensão do estado de emergência. O governo também consultará economistas.

O Japão tem evitado um surto explosivo do novo coronavírus, acumulando cerca de 15.800 casos domésticos e 640 mortes em uma população de 126 milhões de habitantes. O número de infecções novas mostrou tendência de queda ao longo da última semana.

Tóquio, o epicentro do surto japonês, confirmou 15 casos novos de coronavírus hoje, a primeira vez em 42 dias em que o número diário ficou abaixo de 20.

"Estamos conseguindo prosseguir continuamente rumo a um fim", disse o primeiro-ministro, Shinzo Abe, durante uma sessão parlamentar, referindo-se à pandemia de coronavírus.

Nishimura disse que o governo pode revogar a emergência nesta semana em regiões que testemunharam uma diminuição de infecções, inclusive as 13 mais atingidas, mas alertou que qualquer reversão da tendência pode mudar este quadro.

"Se sinais de uma superação do limite emergirem após a suspensão, precisaríamos cogitar uma reimplantação", disse ele ao Parlamento.

Apesar do número declinante de casos novos, as instalações de saúde continuam sobrecarregadas. O Ministério da Saúde disse que o Japão tinha 14.486 leitos para pacientes de coronavírus até o dia 1º de maio, menos da metade dos mais de 30 mil que se acredita que serão necessários no pico.

O ministro da Saúde, Katsunobu Kato, disse hoje que o governo contou cerca de 250 focos nacionais de infecção, que são definidos como locais dos quais resultam cinco ou mais casos de coronavírus, de acordo com a agência de notícias Kyodo.