Topo

Esse conteúdo é antigo

Trump troca diretor de campanha em meio a críticas sobre gestão da pandemia

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, na cidade de Atlanta - JIM WATSON/AFP
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, na cidade de Atlanta Imagem: JIM WATSON/AFP

16/07/2020 08h10

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou ontem Bill Stepien como seu novo diretor de campanha, quatro meses antes das eleições presidenciais no país. Stepien atuava como adjunto ao lado de Brad Parscale, que foi demitido.

Esta é uma nova manobra política do chefe de Estado americano para tentar melhorar sua imagem, afetada pela gestão da crise sanitária e os ataques contra o célebre imunologista Anthony Fauci, diretor do Instituto de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos.

O presidente americano anunciou a novidade nas redes sociais e também disse que Parscale continuará responsável pela estratégia digital. Trump tenta, desta maneira, conquistar seu eleitorado às vésperas do pleito, que acontece em 3 de novembro.

No Twitter, ele também divulgou que as pesquisas em relação às vacinas estão avançando rapidamente. A realidade, entretanto é que a epidemia está fora de controle no país e, concretamente, uma imunização eficaz contra a Covid-19 ainda pode levar tempo.

O democrata Joe Biden, que é o favorito nas pesquisas, denunciou o fracasso da gestão de Trump na crise da covid-19. Anteontem, ele divulgou pela primeira vez um clipe de campanha no Texas, Estado americano que não apoia um candidato democrata em uma eleição presidencial desde 1976.

"A alta do número de casos do coronavírus provoca medo e apreensão", diz o ex-vice-presidente na propaganda eleitoral. Biden tem nove pontos percentuais de vantagem em relação a Trump nas pesquisas realizadas pelo site RealClearPolitics. O candidato também está na liderança em cinco estados: Arizona, Flórida, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.

EUA são o país com maior número de vítimas

Dezenas de milhares de casos são relatados todos os dias nos Estados Unidos, o país com o maior número de mortes no mundo. No total, 136 mil pessoas morreram vítimas do coronavírus. Governadores que haviam encerrado o confinamento estão recuando e impondo novas restrições.

De acordo com modelos estatísticos do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), em agosto o número total de mortes nos Estados Unidos pode superar 150 mil.

Os pesquisadores alertam, no entanto, que o uso massivo de máscaras poder salvar 40 mil vidas até novembro. Até a semana passada Trump, resistiu ao uso da máscara e chegou a ironizar seus adeptos.

Mas o uso da proteção facial prevalece no país. O maior varejista do mundo, o Walmart, informou que exigirá que seus clientes usem máscaras em todas as lojas a partir de 20 de julho para ajudar a impedir a propagação do vírus.

Com a decisão, o Walmart se une a um número crescente de empresas americanas que adotaram determinações semelhantes. A rede possui mais de 5.300 lojas no país e cresce principalmente nos estados do oeste e do sul, onde a pandemia está atualmente mais avançada.