Atentado terrorista matou embaixador na Líbia, dizem EUA; comissão vai investigar
O ataque realizado em 11 de setembro contra o consulado americano de Benghazi, na Líbia, e terminou com a morte de quatro americanos, incluindo o embaixador nesse país, Christopher Stevens, foi "obviamente um ataque terrorista", declarou nesta quinta-feira (20) o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
"Obviamente, o que aconteceu em Benghazi foi um ataque terrorista", afirmou Carney a bordo do avião presidencial Air Force One.
Na quarta-feira, o chefe da luta antiterrorista dos Estados Unidos já havia descrito o ataque como "terrorista", assegurando que ele foi realizado "de maneira oportunista".
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"Nosso consulado foi atacado violentamente e isso resultou na morte de quatro americanos. É óbvio" que se trata de um ato terrorista, acrescentou Carney.
Inicialmente, a culpa foi atribuída a manifestantes furiosos com "A inocência dos muçulmanos", um filme amador que denigre o profeta Maomé e que foi produzido e dirigido nos Estados Unidos. Mas autoridades norte-americanas e da Líbia não tinham descartado a possibilidade de um ataque planejado ou até mesmo do envolvimento da Al Qaeda.
Em uma sessão no Comitê de Relações Exteriores do Senado, o senador John Kerry afirmou que o subsecretário do Departamento de Estado, Tom Nides, assegurou que o governo está preparando a comissão, nomeada de maneira independente e que responderá ao Congresso sobre o ataque.
O grupo deve se reunir antes de se completar 60 dias do ataque e examinará todos os aspectos dos eventos que acabaram com a vida do embaixador americano na Líbia, Chris Stevens, e de outros três americanos. As conclusões serão apresentadas neste comitê do Senado.
Nesta quinta, o subsecretário de Estado americano, William J. Burns, à Líbia para se reunir com o primeiro-ministro em fim de mandato líbio, Abderrahim al Keib, e outras autoridades.
Segundo a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, os EUA trabalham com as autoridades líbias para "levar perante a Justiça os assassinos" dos americanos mortos em Benghazi. Além de Burns, agentes do FBI também viajaram para Trípoli para investigar o ataque.
A Secretária de Estado ressaltou que Washington está "tomando medidas agressivas para proteger" pessoal, consulados e embaixadas no mundo todo, para o que foi iniciada uma revisão extraordinária da segurança necessária nos lugares mais expostos aos protestos contra o vídeo considerado antimuçulmano pelos países islâmicos.
Após o ataque mortal, Washington enviou 50 marines e dois navios de guerra, equipado com mísseis de cruzeiro, para a Líbia para proteger suas instalações diplomáticas.
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