Presidente iraniano é 'lobo em pele de cordeiro', diz Netanyahu na ONU

Em meio a um período histórico para as relações entre Irã e o ocidente e que pode, enfim, acabar com o impasse sobre o programa nuclear de Teerã, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, usou a tribuna da Assembleia Geral da ONU para fazer duras críticas ao regime iraniano e ao presidente Hasan Rowhani, a quem chamou de "lobo em pele de cordeiro".

"Hoje, nossa esperança de futuro está ameaçada por um Irã armado com arsenal nuclear que busca nossa destruição", afirmou Netanyahu.

O premiê israelense também criticou o presidente iraniano, Hasan Rowhani, que conversou na última sexta-feira (25) por telefone com Barack Obama, no primeiro contato entre líderes dos dois países desde a revolução iraniana de 1979. Para Netanyahu todos são fiéis ao líder supremo, chamado de "ditador" pelo israelense.

"Rowhani é o cérebro por trás da estratégia iraniana em avançar com seu programa nuclear", disse.

Netanyahu disse não ter dúvidas de que o Irã mantém um programa nuclear com o objetivo de desenvolver armamento atômico.

"Não é difícil encontrar evidências de que o Irã tem um programa de armas nucleares. Difícil é achar provas de que o Irã não tem tal programa", afirmou.

A solução para impedir o Irã de desenvolver armas atômicas seria, para Netanyahu, intensificar as sanções impostas ao país e continuar com ameaças militares.

Segundo Netanyahu, Israel está pronto para agir sozinho para evitar que o Irã produza uma bomba atômica.

'Israel não permitirá que o Irã obtenha armas nucleares. Se Israel for forçado a permanecer sozinho, Israel permanecerá sozinho', declarou a líderes mundiais e ministros na cúpula da ONU.

O premiê israelense comparou o Irã com a Coreia do Norte, país que já realizou três testes nucleares.

"Um Irã armado com bombas nucleares será 50 vezes pior do que a Coreia do Norte e irá transformar uma das partes mais instáveis do planeta em um barril de pólvora com arsenais nucleares", disse.

Representantes do governo iraniano não estavam presentes no plenário da ONU durante o discurso de Netanyahu.