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Avião pode ter voado por 4 horas após sumir dos radares, diz jornal

Do UOL, em São Paulo

13/03/2014 03h43

O avião da Malaysia Airlines, que está desaparecido desde sábado (8) com 239 pessoas a bordo, pode ter voado por cerca de quatro horas depois do de ter perdido contato com os radares, informaram investigadores americanos ao jornal "The Wall Street Journal".

A estimativa se baseia em "informações enviadas automaticamente do motor do Boeing 777-200", explicaram as fontes à publicação. As autoridades da Malásia, porém, negaram categoricamente essa informação.

O voo MH370 era operado por um Boeing 777-200 que tinha combustível para 7,5 horas de voo e transportava 239 pessoas de Kuala Lumpur (Malásia) para Pequim, na China.

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Segundo o jornal americano, o fabricante do motor do avião, a Rolls-Royce, recebe automaticamente os dados de altitude e velocidade das aeronaves como parte de seus acordos de manutenção com a companhia aérea.

Os investigadores analisam agora esses dados para determinar para onde se dirigiu o avião depois que foi perdido o contato com ele, de acordo com as fontes consultadas pelo "WSJ".

Segundo suas estimativas, se o avião voou por mais quatro horas depois que sumiu dos radares, pode ter percorrido uma distância adicional de 4.078 quilômetros, o que lhe permitiria alcançar pontos como o Oceano Índico, a fronteira com o Paquistão ou o Mar Arábico.

Uma das hipóteses ventiladas pelos investigadores é que uma ou várias das pessoas que estavam a bordo pudessem mudar o rumo do avião "com a intenção de usá-lo para outro propósito", explicaram as mesmas fontes.

Ministro nega

No entanto, o ministro dos Transportes, Hishammuddin Hussein, negou todas as informações da reportagem do "The Wall Street Journal".

Ele disse que as três empresas envolvidas no caso - a fabricante do avião Boeing, a fabricante do motor Rolls Royce e a operadora Malaysian Airlines - estão trabalhando junto com as autoridades da Malásia, e que nenhuma delas confirma a existência do suposto sistema de dados.

O voo MH370 decolou de Kuala Lumpur, na Malásia, no último sábado às 0h41 locais (13h41 de Brasília da sexta-feira) e tinha previsão de chegada em Pequim seis horas mais tarde.

O Boeing 777-200 tinha combustível suficiente para 7,5 horas de voo e transportava a 227 passageiros, entre eles cinco crianças, e uma tripulação de 12 pessoas. (Com Efe)