Brasil empata com Japão e Reino Unido em novo índice de riqueza da ONU
Crescimento anual médio do Índice de Riqueza Inclusiva, do PIB e do IDH de 20 países
Índice de Riqueza Inclusiva (%) | PIB (%) | IDH (%) |
China (2,1) | China (9,6) | China (1,7) |
Alemanha (1,8) | Índia (4,5) | Índia (1,4) |
França (1,4) | Chile (4,5) | Nigéria (1,3) |
Chile (1,2) | Nigéria (2,5) | Brasil (0,9) |
Brasil (0,9) | Noruega (2,3) | Colômbia (0,9) |
Índia (0.9) | Austrália (2,2) | Rússia (0,8) |
Japão (0,9) | Reino Unido (2,2) | Venezuela (0,8) |
Reino Unido (0,9) | Equador (1,8) | Alemanha (0,7) |
Estados Unidos (0,7) | Estados Unidos (1,8) | Chile (0,7) |
Noruega (0,7) | Colômbia (1,7) | França (0,7) |
Canadá (0,4) | Brasil (1,6) | Equador (0,6) |
Equador (0,4) | Canadá (1,6) | Noruega (0,6) |
Austrália (0,1) | Alemanha (1,5) | Reino Unido (0,6) |
Quênia (0,1) | África do Sul (1,3) | Arábia Saudia (0,5) |
África do Sul (-0,1) | França (1,3) | Japão (0,4) |
Colômbia (-0,1) | Venezuela (1,3) | Quênia (0,4) |
Rússia (-0,3) | Rússia (1,2) | Austrália (0,3) |
Venezuela (-0,3) | Japão (1,0) | Canadá (0,3) |
Arábia Saudita (-1,1) | Arábia Saudita (0,4) | Estados Unidos (0,2) |
Nigéria (-1,8) | Quênia (0,1) | África do Sul (-0,1) |
Um novo cálculo apresentado neste domingo (17) pelas Nações Unidas tenta integrar aspectos sociais e ambientais ao crescimento econômico para medir o grau de desenvolvimento sustentável de um país. No primeiro relatório do Índice de Riqueza Inclusiva da ONU, que analisou dados de 20 países, o Brasil ficou em quinto lugar -- empatado com a Índia, o Japão e o Reino Unido e na frente de países como Noruega e Estados Unidos.
Pontuar melhor no índice de Riqueza Inclusiva significa ter um padrão de crescimento econômico mais sustentável, na visão da ONU. A China foi a primeira colocada, seguida pela Alemanha.
A ONU comparou o crescimento médio do novo índice, do PIB e do IDH entre os anos de 1990 e 2008, como você vê na tabela ao lado.
"É importante saber o quanto a economia de um país cresceu, mas também como ela cresceu", disse Pablo Munoz, diretor científico do Relatório de Riqueza Inclusiva 2012. "Este índice alia as variações de estoque no capital econômico, no capital humano e no capital natural que sustentam o crescimento do país", afirma Pablo Munoz, diretor científico do Relatório de Riqueza Inclusiva 2012.
O índice foi criado em parceria pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Universidade das Nações Unidas sobre Mudança Ambiental Global (UNU-IHDP) e apresentado durante a Rio+20. A Rio+20 é a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que vai até o dia 22 de junho, no Rio.
Alternativa ao PIB
A substituição do Produto Interno Bruto -- a soma de todas as riquezas produzidas por um país -- por um indicador de desenvolvimento sustentável pode ser uma das contribuições da Rio+20 para a comunidade internacional.
"Eu não diria que vamos substituir o PIB como medida de desenvolvimento, já que ele é medido hoje por cerca de cem países, com base em indicadores bastante confiáveis", diz Munoz. "Não sei em quanto tempo isso acontecerá, mas a tendência é que os índices de desenvolvimento evoluam para medir outros aspectos além da produção."
A consequência prática dessa mudança de paradigma seria que não só o crescimento do PIB, mas que indicadores sociais e ambientais motivassem as políticas de cada país. O desafio é chegar a um índice que leve em conta as várias dimensões do desenvolvimento sustentável e seja aplicável internacionalmente, passível de ser medido em todos os países.
Desde a Rio92, quando a revisão do PIB como indicador de desenvolvimento já estava em pauta, surgiram propostas de redefinição do indicador. Poucas, no entanto, foram testadas na prática e adotadas internacionalmente por outros países.
A mais conhecida e utilizada das medidas de desenvolvimento alternativas ao PIB é o Índice de Desenvolvimento Humano, medido pela ONU desde 1990. Em 2010, o Índice passou por uma reformulação, a fim de refletir melhor os valores da sociedade com relação a desenvolvimento sustentável.
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