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Ministério Público pede que 11 presos da Lava Jato continuem detidos

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

18/11/2014 18h55Atualizada em 18/11/2014 19h05

O Ministério Público Federal pediu a conversão das prisões temporárias de 11 dos 24 presos da operação Lava Jato para prisões preventivas, que não têm prazo de validade específico. Entre os 11 citados pelo MPF estão executivos de empreiteiras e o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque.

Desde a deflagração da sétima fase da operação Lava Jato, na última sexta-feira (14), 24 pessoas foram presas. Desse total, 17 poderiam ser soltos nesta terça-feira (18) por terem sido presos temporariamente. Hoje, a PF pediu a prorrogação das prisões temporárias de seis suspeitos de participar de um esquema de desvio de recursos públicos da Petrobras avaliado em R$ 10 bilhões.

Os promotores federais do Paraná, no entanto, pediram a conversão das prisões temporárias de 11 dos 24 presos em prisões preventivas. Entre os argumentos usados pelo MPF para pedir a conversão das prisões está a possibilidade de que o grupo, se solto, possa obstruir a obtenção de provas necessárias para a investigação.

Além de Duque, o MPF pediu a prisão preventiva de Dalton Avancini (Camargo Correa), João Ricardo Auler (Camargo Corrêa), Mateus Coutinho de Sá (OAS), Alexandre Portella Barbosa (OAS), José Aldemário Pinheiro Filho (OAS), Valdir Lima Carreiro (IESA), Ricardo Ribeiro Pessoa (UTC), Othon Zanoide de Moraes Filho (Queiroz Galvão), Jayme Alves de Oliveira Filho (agente da PF suspeito de transportar valores para o esquema), Adarico Negromonte Filho (irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte).

O pedido feito pelo MPF ainda precisa ser avaliado pela Justiça do Paraná, que ainda não se manifestou sobre o caso. 

A prisão temporária tem prazo de duração de cinco dias, mas pode ser prorrogada se a autoridade policial entender que a liberdade dos suspeitos pode prejudicar as investigações.

Mais cedo, a Polícia Federal pediu à Justiça Federal do Paraná a prorrogação de seis das 17 prisões temporárias decretadas. Se o pedido feito nesta terça-feira (18) for aceito, os seis deverão ficar presos por mais cinco dias. Entre os presos que a PF quer que permaneçam presos estão três executivos da OAS, dois da UTC e Duque, da Petrobras.

Os advogados de Renato Duque pediram nesta terça a revogação da prisão do suspeito de fazer parte do esquema de desvio de recursos públicos da Petrobras.

Segundo os advogados de Duque, a PF, que pediu a prorrogação de sua prisão temporária, não apresentou nenhum elemento 'concreto' que justifique a manutenção da detenção do ex-diretor da estatal.