Empreiteiras negam irregularidades em contratos com elétricas
Empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato que têm contratos de R$ 6,2 bilhões com estatais elétricas negam envolvimento em irregularidades com subsidiárias da Eletrobras.
Levantamento feito pelo UOL indicou que seis empreiteiras investigadas pela operação mantêm contratos que, somados, totalizam R$ 6,2 bilhões.
Procurada pela reportagem, a Andrade Gutierrez, que tem contratos com subsidiárias da Eletrobras no valor de R$ 4 bilhões, negou participar de qualquer cartel e informou que “respeita rigorosamente e cumpre com qualidade os objetos dos contratos realizados com seus clientes”.
A UTC, que participa de um consórcio que tem contrato com a Eletronuclear no valor de R$ 1,6 bilhão, negou fazer parte de cartéis e informou que “se recusa a comentar suposições sem qualquer fundamento”.
A Engevix Engenharia, que possui contratos avaliados em R$ 683 milhões, informou que seus advogados prestarão esclarecimentos sobre as denúncias relacionadas à operação Lava Jato e que a “empresa não vai comentar outros contratos”.
A Queiroz Galvão, que participa de um consórcio de empresas que tem contrato de R$ 1,2 bilhão com a Eletronuclear, informou por meio de sua assessoria de imprensa que as atividades da empresa “seguem rigorosamente a legislação vigente” e que a companhia se colocou à disposição das “autoridades para prestar os esclarecimentos necessários”.
A Odebrecht seguiu a mesma linha e informou que todos os contratos da estatal com Furnas e Eletronuclear “foram pautados nas normas e leis vigentes”. A companhia, que participa de um consórcio de empreiteiras com contrato de R$ 1,6 bilhão com a Eletronuclear, informou que “não participou ou participa de qualquer cartel” e que está à disposição das autoridades.
A Construtora Camargo Corrêa informou, por meio de assessoria de imprensa, não ser procedentes as suspeitas de sua participação em carteis para licitação de obras públicas.
A Eletrobras, estatal que controla as subsidiárias que mantêm contratos com as empreiteiras da operação Lava Jato, informou desconhecer “qualquer irregularidade em contratos firmados por suas empresas”.
A Eletrobras informou ainda que a companhia e suas subsidiárias são fiscalizadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e pela CGU (Controladoria Geral da União).
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