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Lula discute fundo milionário para Amazônia com Scholz, chanceler alemão

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

30/01/2023 16h05Atualizada em 30/01/2023 17h21

O presidente Lula (PT) recebe hoje o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Brasília para debater, entre outros assuntos, a retomada do investimento do país europeu no Fundo Amazônia.

Os dois estão reunidos nesta tarde no Palácio do Planalto. Além de debaterem estratégias de preservação ambiental, o encontro também faz parte de uma tentativa de retomada do protagonismo brasileiro nas relação internacionais, com possível estreitamento de acordos entre entre Mercosul e União Europeia.

O encontro começou às 15h45 e deverá ser seguida de uma nova reunião, com a participação de empresários brasileiros e alemães. Os dois deverão fazer um pronunciamento conjunto às 18h30 e, depois, irão jantar no Palácio do Itamaraty com autoridades dos dois países.

O valor prometido para o Fundo Amazônia é de 35 milhões de euros, cerca de R$ 194 milhões, de acordo com a ministra Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze.

Schulze se encontrou com a ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima do Brasil, Marina Silva, nesta manhã e já adiantou parte da conversa entre os dois líderes no Planalto. A alemã disse ainda que o Brasil poderá ser líder global na área de hidrogênio verde.

O Fundo foi criado em 2006, durante o primeiro governo Lula, como um fundo para que outros países pudessem contribuir para a redução de emissões de gases de efeito estufa.

Mais do que tratar do clima, o encontro de Lula com Scholz, que já está na América do Sul desde a semana passada, faz parte de um esforço de reformulação da política externa do Brasil pós-governo Jair Bolsonaro (PL), algo que Lula vem falando desde a campanha.

Na posse de Lula, o presidente da Alemanha, Franz-Walter Steinmeyer, foi um dos representantes de 54 países que chegaram vieram a Brasília.

Além de Maria Silva, do lado do governo brasileiro, participam da reunião:

  • O vice-presidente Geraldo Alckmin
  • O chanceler Mauro Vieira
  • O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira
  • A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos
  • O ex-chanceler Celso Amorim

Na América do Sul, Scholz incluiu passagens na Argentina e no Chile. Ao lado de Alberto Fernandez, presidente argentino, o alemão disse que a América Latina deverá ser um dos principais exportadores de energias renováveis do futuro — tópico no qual a Alemanha apresenta interesse.