Pai de Mauro Cid negou à PF ter vazado delação a Braga Netto
A Polícia Federal colheu nesta sexta-feira (6) um novo depoimento do general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, para interrogá-lo sobre suspeitas de vazamento do conteúdo da delação premiada de seu filho para o general Walter Braga Netto.
O general Cid negou aos investigadores que tenha repassado informações da delação para Braga Netto ou outros militares. Mauro Cid foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro durante os quatro anos de Presidência e fechou um acordo de delação com a PF após ter sido preso.
A PF começou a desconfiar do vazamento após ter encontrado anotações na sala de um assessor de Braga Netto, na sede do PL, que pareciam ser respostas dadas por Cid a questionamentos a respeito do conteúdo dos seus depoimentos. Além disso, em um diálogo interceptado, outro militar, o general Mario Fernandes, disse que os pais de Cid haviam telefonado para militares com o objetivo de falar sobre o conteúdo da delação.
As informações constam do relatório final da investigação sobre o plano de golpe, que aponta atuação do grupo de Braga Netto para obter informações da delação. "O contexto do referido documento confirma que o grupo criminoso praticou atos concretos para ter acesso ao conteúdo do Acordo de colaboração firmado por Mauro Cesar Cid com a Polícia Federal", escreveu a PF no documento.
O general Braga Netto foi indiciado como um dos articuladores da tentativa de golpe de Estado.
O pai de Mauro Cid, o general Mauro Lourena Cid, foi alvo da investigação sobre a venda de joias no exterior, mas não chegou a ser investigado no caso do plano de golpe.
13 comentários
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Antonio Maria de Clare Gomide
Mente e nem fica vermelho.
Francisco Antonio da Silva
Turma de cohbra falsa rárárá vai tudo preso rárárá
Pedro Roberto Silva e Silva
Imaginar que um general e um tenente coroneudo Exército Brasileiro é esse saco de cocardes, nós faz perder a confiança nas FFAA. Eles sequer são homens o suficiente para garantir a farda que vestem.