Na visita de Lula ao Chile, Bachelet pede transparência à Venezuela
A ex-presidente chilena Michele Bachelet, aliada de Gabriel Boric, disse que torce para que se possa "saber o resultado verdadeiro na Venezuela". A fala ocorre no contexto da visita oficial do presidente Lula a Gabriel Boric. Esss é a primeira vez de Lula no Chile depois de 20 anos.
O presidente brasileiro chegou neste domingo (4) à capital chilena acompanhado de uma comitiva de ao menos 12 ministros
Na manhã desta segunda-feira (5), Lula foi recebido com honras de estado e teve um reunião bilateral com Boric no Palácio da Moneda, em Santiago.
Na agenda do encontro estavam conversas sobre parcerias econômicas, comércio, turismo, ciência e tecnologia, além de um maior trânsito entre brasileiros e chilenos e assuntos internacionais. A expectativa é sobre a Venezuela, já que Lula e Boric têm tido posturas diferentes no trato do tema.
O Brasil preferiu a cautela e esperar a divulgação oficial de toda as atas como mecanismo de transparência democrática.
Já o Chile, não reconheceu a vitória de Maduro. Gabriel Boric afirmou que só reconhecerá a eleição se órgãos independentes do governo atestarem a veracidade dos resultados.
Diante das críticas de Boric, Maduro expulsou o corpo diplomático chileno de Caracas, junto com embaixadores da Argentina, Peru, Costa Rica, Uruguai e Paraguai.
Sobre a expulsão dos diplomatas, Michele Bachelet afirmou lamentar a decisão de Maduro. "Lamentável ter expulsado nossos embaixadores. São decisões do presidente Maduro que eu não compactuo"
Lula, por sua vez, tem minimizado a crise no processo eleitoral da Venezuela, afirmando que trata se de um processo normal. E que a Justiça Eleitoral venezuelana poderá resolver o conflito.
Mais cedo, Lula recebeu uma ligação do presidente francês que elogiou a posição de Brasil, Colômbia e México emitida em nota conjunta na última quinta-feira (1º), e a posição do país de estimulo ao diálogo entre o governo e a oposição venezuelana.
No diálogo, o presidente Lula reiterou seu compromisso com a busca de uma solução pacífica entre as partes e voltou a dizer sobre a necessidade de se respeitar a soberania do povo venezuelano.
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