Andreza Matais

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Opinião

Debate da Record teve duelo Boulos-Tabata e disputa pelo voto cristão

Pela primeira vez nos nove debates dos candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) foi confrontado com as propostas radicais do seu partido.

O questionamento partiu de Tabata Amaral (PSB), que disputa com Boulos os votos da esquerda. Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB) e Marina Helena (Novo) aproveitaram e reforçaram o tema.

A provocação fez Tabata ganhar o debate promovido pela TV Record.

Em quarto lugar nas pesquisas, com 9% das intenções de votos no último Datafolha, Tabata aproveitou bem o debate para tentar tirar votos de Boulos.

"Você abriu mão de posicionamentos históricos. Você dizia que era a favor da descriminalização das drogas, agora é contra. Nessa semana, você mudou de posição em relação à Venezuela, e diz que é uma ditadura. Mas o partido mantém as mesmas posturas", disse.

Boulos sentiu o golpe. "Tabata, lamento que você traga questões que não procedem para o debate", respondeu.

O tema apareceu no debate após a coluna mostrar que o estatuto do PSOL obriga os eleitos pelo partido a aplicarem o programa da sigla.

A candidata também trouxe, pela primeira vez, a religião para o seu discurso. Tabata disse várias vezes da importância da igreja na sua vida e para quem está na periferia. Os católicos são maioria do eleitorado de São Paulo. Para o público evangélico da Record, Tabata não disse que é católica, mas falou estrategicamente em igreja e fé.

Marçal também aproveitou a audiência da Record para anunciar que está jejuando.

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Quem perdeu o debate foi Ricardo Nunes. O prefeito se mostra cansado e deixou sem resposta as perguntas sobre a máfia das creches, um assunto delicado para sua campanha.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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