Disputa política pode influenciar retomada do horário de verão
O governo quer anunciar no início da semana se irá adotar o horário de verão. A coluna apurou que a orientação do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) é que o adiantamento dos relógios em uma hora será adotado apenas se houver um mínimo risco de apagão.
O ministério ainda aguarda um relatório do ONS (Operador Nacional do Sistema), que deverá ser decisivo para a tomada de decisão.
O martelo será batido pelo presidente Lula. A questão política interfere na decisão. Ao mesmo tempo em que um eventual apagão cairá no colo do governo, quem não gosta do horário de verão irá culpar Lula e relembrar que o ex-presidente Jair Bolsonaro acabou com essa política, avaliam interlocutores do ministro. E a popularidade do presidente já está bastante desgastada.
Bolsonaro argumentava que a medida não trazia economia significativa e afetava trabalhadores que precisam pegar o ônubus muito cedo. Exatamente o eleitor de Lula.
A última pesquisa Datafolha, de 2021, sobre o tema mostrou que 55% dos entrevistados apoiam a volta do horário de verão; 38% são contra o sistema e os demais não souberam responder.
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