Nunes deu xeque-mate em Boulos ao expor voto de Marta Suplicy contra Dilma
Pela primeira vez em 14 debates, incluindo os do primeiro turno, pensei: "Oba, hoje vou conseguir escrever que, finalmente, vamos saber o que os candidatos propõem para a cidade de São Paulo."
Até que Guilherme Boulos (PSOL) mudou o curso e repetiu toda a artilharia já utilizada contra Ricardo Nunes (MDB), incluindo a insistência sobre a abertura do sigilo bancário.
Em busca de votos, Boulos se comportou como a criança que passa o dia falando: "Mãeeee, olha o que ele fez." Na versão adulta, o "mãeeee" virou "Vocês viram, né, gente..."
Visando aumentar a rejeição de Nunes, ele fazia caretas e balançava a cabeça de um lado para o outro enquanto o oponente respondia. Soou desrespeitoso.
Quem ganhou o debate foi Ricardo Nunes (MDB). Com vantagem nas pesquisas, o prefeito reconheceu que o adversário conhece a cidade e fez Boulos afirmar que manterá as políticas que ele iniciou, caso seja eleito.
O xeque-mate, porém, veio quando Nunes tirou de Boulos a chance de usar sua vice, Marta Suplicy (PT), como cabo eleitoral. Ao pedir que ela explicasse como liderou o impeachment de Dilma, silenciou Boulos.
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