Bolsonaro reforça campanha contra a vacina da covid-19
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Os fanáticos fundamentalistas que estão a mil por hora nas redes sociais atacando a vacinação em massa contra a covid-19, que ainda nem começou em lugar nenhum do mundo, ganharam um importante reforço nesta terça-feira.
Em resposta a uma apoiadora que cobrou dele uma posição sobre a vacina, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) respondeu na lata, em seu popular estilo aqui-quem-manda-sou-eu:
Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina.
No vídeo que circula nas redes sociais, diz a seguidora do presidente: "Sou da área de saúde, farmacêutica. Em menos de 14 anos ninguém pode botar uma vacina no mercado".
Neste mundo de certezas do bolsonarismo, na contramão dos estudos médicos e científicos, o que vale é a opinião do presidente, como aconteceu com a liberação da cloroquina e o fim da quarentena.
O general da Saúde, que nomeou um veterinário para cuidar da vacinação, ainda não se manifestou.
Seguindo a orientação do chefe, logo em seguida a Secretaria de Comunicação, em sua conta oficial no Twitter, fez da frase do presidente uma nova propaganda:
"O governo do Brasil investiu bilhões de reais para salvar vidas e preservar empregos. Estabeleceu parceria e investirá na produção de vacina. Recursos para estados e municípios, saúde, economia, TUDO será feito, mas impor obrigações definitivamente não está nos planos".
Que planos são esses, nem o presidente nem a Secom apresentaram até agora.
Trata-se de mais um crime do governo contra a saúde pública, pois a palavra do presidente é lei para milhões de seguidores que também trataram a pandemia como uma "gripezinha" e agora se esbaldam nas praias.
Ainda não se sabe nem quando as vacinas chegarão ao Brasil, mas já se cria um clima de incerteza sobre o melhor remédio preventivo para o combate à pandemia da covid-19.
Enquanto isso, o governo russo anuncia preparativos para a vacinação em massa que deverá beneficiar toda a sua população já a partir de novembro.
É para esta época que Donald Trump também espera a chegada da vacina norte-americana, seu grande trunfo para reverter o quadro eleitoral desfavorável até aqui para a sua reeleição.
Como no Brasil só haverá eleições presidenciais em 2022, Bolsonaro não está preocupado com isso agora. Só quer agradar os seus devotos antivacina.
Sobre a queda histórica de 9,7% do PIB no segundo trimestre, que coloca a economia brasileira em depressão, o presidente não disse nenhuma palavra.
Vida que segue.
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