Camilo Vannuchi

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Opinião

Genial e múltipla, Laerte escreveu cordel para operário morto pela ditadura

A vida da cartunista Laerte precisa ser contada em livro. Enquanto sua biografia não sai, vamos descobrindo aos poucos a paleta de talentos dessa artista genial, que, sem sombra de dúvida, é uma das figuras mais extraordinárias da cultura brasileira. Ela nega, é claro. Diz que sua vida é muito sem graça e não gosta de falar de si — o que deve dificultar a missão de quem vier a contar sua história.

Tenho a sorte de conviver com um de seus grandes amigos, do tempo em que o arco-íris era preto e branco, o Sérgio Gomes. Serjão foi colega de Laerte no curso de jornalismo na USP, na militância na imprensa sindical e, ainda nos anos 1970, na criação da Oboré Editorial. Ele diz que foi Laerte quem o recrutou, incumbido pelo então sindicalista Lula da Silva da tarefa de modernizar a comunicação entre sindicatos e classe operária. Serjão, é claro, foi atrás. Já em 1978, estavam os dois e mais alguns colegas produzindo jornais, folhetos, cartilhas e cartazes para diferentes sindicatos de São Paulo e do ABC.

Para o jornal dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, por exemplo, Laerte deu forma ao personagem João Ferrador, sujeito casmurro que trajava macacão e ajudava a convocar a categoria em dias de greve ou assembleia. "Hoje eu não tô bom", desabafava o operário, com o salário defasado e as mãos enterradas no bolso, esperando a hora da onça beber água. Trabalhador unido jamais será vencido, repetiam até acreditar.

Dia desses, Serjão me presenteou com uma foto de 1981 em que a turma da Oboré se aboletava no telhado da sede da editora, na rua Caetés, 84, empunhando uma faixa que anunciava a entrada de 1982. "A Oboré continua!", dizia o letreiro, parafraseando o slogan motivacional adotado pelo movimento operário anos antes.

Sim, a luta continuaria. A luta é para sempre. Na imagem, não reconheço quase ninguém. Mas Serjão está lá, bigodudo, junto com o também jornalista Marco Damiani, o então diagramador Ailton Krenak (com óculos escuros prafrentex), o cartunista Glauco e um sorridente Laerte Coutinho, pré-transição, ajustando a aba do chapéu.

Equipe da Oboré Editorial em dezembro de 1981; Sérgio Gomes, Ailton Krenak (de óculos escuros), Glauco e Laerte integram o grupo
Equipe da Oboré Editorial em dezembro de 1981; Sérgio Gomes, Ailton Krenak (de óculos escuros), Glauco e Laerte integram o grupo Imagem: Acervo Sérgio Gomes/Reprodução

Serjão também me contou sobre o Clube do Choro que ele, Laerte, Colibri Vita e outros amigos criaram, em meados de 1976, após uma temporada de seis meses na tranca. Militante do PCB, então na ilegalidade, Serjão estava no DOI-Codi, todo machucado, quando assassinaram Vladimir Herzog, em outubro de 1975. Solto em abril, quando o advogado Mário Simas conseguiu o relaxamento da pena, não hesitou em retomar o projeto, inspirado em iniciativa semelhante que Paulinho da Viola, Sérgio Cabral e outros bambas mantinham no Rio de Janeiro. Em 10 de junho, aproveitou a festa de aniversário de Laerte para ler o manifesto pela fundação do Clube do Choro e amealhar uma centena de assinaturas. Laerte, que ainda por cima é músico, correu para o piano e mostrou um choro de sua autoria, sem letra, intitulado Bom Retiro Época D'Áurea. Estava lançada a pedra fundamental do clube.

Mas e o cordel? Pois bem. Diz-se que o poema — um petardo com 444 versos divididos em 74 estrofes — surgiu de repente, na combinação de indignação e revolta que se seguiu ao assassinato do operário Santo Dias da Silva, atingido por um tiro disparado contra ele por um policial militar, em 30 de outubro de 1979, dia de greve na fábrica Sylvania, em Santo Amaro. Semanas depois, o cordel foi impresso e distribuído pela Oboré.

Em "A vida eterna de Santo ou Santo contra o Inferno", Laerte narra as aventuras fantásticas e mirabolantes do operário que, barrado no Céu e conduzido ao subsolo do tinhoso, precisou enfrentar o Coisa-Ruim em pessoa. Com o ritmo e o estilo característicos da literatura popular professada por cordelistas como Cego Aderaldo, Leandro Gomes de Barros e Patativa do Assaré, Laerte enaltece a coragem do líder operário e convoca o povo a se organizar enquanto classe. O autor tinha 28 anos. A arte da capa, curiosamente, não foi feita por ele, mas por Elifas Andreato.

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No último domingo, 9 de julho, data em que a cidade de São Paulo comemora o Dia da Luta Operária, o cordel de Laerte foi reimpresso e distribuído por Serjão em evento no qual foi entregue o troféu José Martinez ao próprio Serjão e à ativista Ana Dias, viúva de Santo e importante militante do movimento contra a carestia nos anos 1980. Estabelecida em 2017, a efeméride homenageia o sapateiro José Martinez, assassinado pela polícia em 9 de julho de 1917, episódio que deflagrou a lendária greve daquele ano, marco inicial do movimento operário no Brasil. A história também se repete como tragédia.

A cartunista Laerte
A cartunista Laerte Imagem: Keiny Andrade -19.fev.2020/Folhapress

Confira a seguir a íntegra do texto do cordel:

A VIDA ETERNA DE SANTO

Por Laerte Coutinho

Neste ano de tragédia
Caiu sobre o povo inteiro
Tombou morto um operário
Ferido em tiro certeiro
Foi Santo Dias da Silva
Trabalhador brasileiro.

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Este crime verdadeiro
Estarreceu a nação
Santo morreu ali mesmo
O rosto colado ao chão
Quando a bala de um polícia
Atravessou-lhe o pulmão.

Na dor, na forte emoção
Uniu-se todo o Brasil
Ao desconsolo da esposa
E no enterro que se viu
Uma grande multidão
Juntou mais de vinte mil.

A morte cortou o fio
De uma vida combativa
Santo morreu defendendo
A classe, com força viva
Um bravo trabalhador
Da luta nunca se priva.

Uma desculpa evasiva
Arrumaram para o fato
Disseram que foi no rolo,
E que houve desacato
Mas sempre o policial
É quem começa o maltrato.

Existe mesmo é um trato
Entre polícia e patrão
Nós sabemos muito bem
De onde vem a decisão
Se um dedo aperta o gatilho
Alguém deu ordens pra mão.

Mas peço a vossa atenção
Pro que vou contar agora.
A vida nobre do Santo
Já se gravou na História
Falta contar o relato
Depois que ele foi embora.

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Santo, ao romper da aurora,
Foi subindo aos firmamentos
Para enfrentar o Supremo
Dos Supremos Julgamentos
Foi sem medo ou receio
Pois tinha merecimentos.

Na vida em nenhum momento
Desagradou ao Senhor.
Pelo contrário, fez tudo
Que ordena o Criador
Dedicou-se aos companheiros
Com nobreza e valor.

E lá ia o lutador
Pro seu destino infinito
Quando barrou-lhe o caminho
Um diabinho esquisito
Santo sentiu nessa hora
Que já ia haver conflito.

E assim lhe disse o maldito:
"Santo, pode ir parando
Que eu tenho ordem expressa
E já vou executando
De levar você pro Inferno
Já estão lhe esperando."

O Santo ficou olhando
Levou um bruta d'um susto
De frente à figura feia
Do diabinho vetusto
Sem saber se aquilo era
Mais pra injusto que pra justo.

Aceitou, a muito custo,
As ordens tão humilhantes
Não sabia quem seriam
Do diabinho os mandantes
E, além de tudo, um fato:
Nunca ter morrido antes.

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Devia haver agravantes
Na vida que ele vivia
Que, por certo, sendo novo
No ramo, desconhecia
Disse ao demônio: "Vá indo,
Eu lhe digo e você guia."

Seguiram estrada fria,
Escura, aquela tristeza...
O diabinho, escondido,
Sorria com esperteza
Que Santo desconhecia
Uma cruel safadeza.

Deu-se a seguinte proeza:
No dia em que morreu Santo,
Os patrões logo correram
Procurando em todo canto
Falar com o Belzebu
Propondo um acordo e tanto.

Sem nem perguntar por quanto
Pediram pra não deixar
Que Santo fosse subindo
Até o Juízo encontrar
Porque dali, era certo,
Que no Céu iria entrar.

Belzebu, a gargalhar
A gargalhada infernal
Topou o acordo, e mandou
Seu mensageiro fatal.
E aí, já sabem vocês,
É Santo se dando mal.

Seguindo a trilha fatal
Com um certo medo interno
Tudo escuro à sua volta,
Aquele clima de inverno,
Santo viu surgir a porta
Negra e sebosa do Inferno!

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"Aqui é o castigo eterno"
Estava escrito lá em cima
E o diabo completou:
"Eterno com Inferno rima
Já é pra desanimar
Porque aqui ninguém se anima."

"Nada há que lhe redima"
Dizendo isso, empurrou
O Santo lá para dentro
E o portão já trancou
Belzebu, ali dum canto
Num urro se levantou.

Chegou bem perto e dançou
No meio daquele lixo
Pulava, batendo os cascos,
Um no outro, feito bicho.
A cabeleira ensebada
Pra trás, com todo o capricho.

Fez o maior buxixo
Demonstrando a alegria
De se achar vitorioso
Porque ele assim sabia:
Trazendo Santo ao Inferno
A lei do Cão que vencia.

Bufando alto, dizia:
"Já vais saber o teu fim
Aqui vai penar no duro
Que eu determino assim
Estás sob a lei do Cão
És servo do Coisaruim!"

Santo falou: "Eu vim
Sem saber por que direito
Me expliquem o que acontece
Porque já vejo o malfeito
Se houver enganação
Pra brigar eu tenho peito!"

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Belzebu ficou desfeito
Vermelho, verde e laranja
Parecia discoteque
Que cor e barulho esbanja
Olhou pro Santo bem sério
Por baixo da negra franja.

"Isto aqui não é canja
E ninguém vai ter moleza!
Vais trabalhar dobrado
Suando que é uma beleza
Hora extra todo dia,
Umas quinze, com certeza!"

Santo olhou a redondeza
E quase caiu pra trás.
Viu uma fábrica imensa
Suja, com gases mortais
Máquinas perigosas
E ruídos infernais.

Viu tudo isso e viu mais:
Um torno que fabricava
Caldeiras, garfos gigantes
Que a diabada usava
Pra espetar e assar
A almo que ali penava.

Uma esteira que rolava
Produzia em vez de peças
Brasas, carvões fumegantes
Em várias, muitas remessas
Queimando a carne das gentes
Deixando as marcas impressas.

E nesse mundo às avessas
O que o Santo percebeu
É que tinha semelhança
Com o mundo que conheceu
Que tudo se repetia
No inferno negro de breu,

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E mais pra ver ainda deu:
Ali no relógio de ponto
Em vez de hora e minuto
Um ponteiro andava tonto
Marcando séculos, anos,
Sem descanso e sem desconto.

O horror estava pronto:
Não tinha ali nem saída
Nem hora pro cafezinho
Sempre a função repetida
De sofrer depois da morte
O sofrimento da vida.

E Santo viu definida
A sina de prisioneiro
Viu que daquele jeito
Não haveria exagero
Em dizer que aquele Inferno
Era o Inferno verdadeiro.

Mas como um bom companheiro
Sempre valente e altivo
Já clareou sua mente
E um pensamento ativo
Aflorou, chegando à boca
No momento decisivo.

Santo falou: "Quando vivo,
Não me dobrei ao patrão,
Reclamamos o direito
Na nossa organização
Do que aprendi na vida
É essa a maior lição."

"Não sei qual a condição
Que me trouxe à profundeza
Mas disso tudo que vejo
Que é exploração, dou certeza
E, igual eu fiz na Terra,
Vou combater com firmeza."

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A diabada, já acesa,
Gritava, todinha em coro:
"Belzebu, dá jeito nele!
Faz trabalhar feito mouro!"
E Belzebu, estourando,
Gritava: "É desaforo!"

"Ofende o nosso decoro
Sua atitude ilegal
Ninguém, do lenho se livra
Tá pensando que é o tal?
Não quis trabalhar por bem,
Pois vai trabalhar por mal!"

E, num barulho infernal,
Surgiram assim do nada
Quinhentos minidemônios
Das trevas em cavalgada
Quinzebus e Trezebus
Mostrando a garra afiada.

Dos ares, em revoada,
Capetas que nem morcego
Com gases lacrimogêneos
De deixar qualquer um cego
De mil e tantos Satãs
Belzebu fazia emprego.

Santo não pediu arrego
De frente àqueles patifes
Jogou o relógio de ponto
E cortou um todo em bifes
A satãzada ia nele
Que nem o mar nos recifes.

Santo agarrou um nos chifres
Dele fazendo um porrete
E destronca tudo em volta
Que contra ele arremete
Arrebentou com um monte
Usando deste macete

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Tinha tanto diabrete
Que Santo não dava conta
De repente percebeu
Que outra briga desponta
Tinha mais gente na luta
E a diabada ia tonta

A confusão tava pronta.
Santo pensou: "Comigo
Deve haver mais companheiros
E quem vier é amigo
Lado a lado com tal gente
Até com Belzebu brigo!"

Buscando melhor abrigo
Pôde enxergar no sarilho
Os companheiros de luta.
Veio em seus olhos um brilho
De emoção quando viu
O Manuel Fiel Filho

E vinha no mesmo trilho
O Vlado Herzog a lutar
Martinez, que em 17
Na greve, foram matar;
João Rodrigues da Silva,
Um companheiro exemplar.

E Santo via chegar
Marias, Flávios, Miguéis
Mil milhares de Joões
Carlos, Walteres, Josés,
Ivanis e Severinos,
Cleusas, Fábios, Manoéis,

E juntos, milhões de pés,
Como nunca se assistiu,
Marchando, unidos, vencendo
De cambulhada o canil
Gritando: "Eu sou o povo
Trabalhador do Brasil!"

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E Santo então pressentiu:
Todos morreram na ação
E todos eles no Inferno
Sob a mesma maldição
Vítimas do feio trato
De Belzebu com o patrão

Santo falou então:
"Meus companheiros de fato!
Estamos na mesma sina
No mesmo destino ingrato;
Lutemos como na Terra,
Unidos num Sindicato!"

Aplaudido foi o trato
E bem cedo foi cumprido
Pois o trabalhador sabe
Por ter lutado e aprendido
É somente na unidade
Que jamais será vencido

Belzebu, espavorido,
Juntou os cães num segundo
Rabo no meio das pernas
Foi pro Inferno mais profundo
Aonde não chega nenhum
Trabalhador desse mundo

E o movimento fecundo
Que nesses versos eu conto
Conseguiu uma vitória
Que deixou Belzebu tonto
O velho Inferno caiu
E outro surgiu, de pronto

Novo relógio de ponto
Já funciona ali, sem mola
Seu tique-taque é um samba
Do Paulinho da Viola
A jornada de oito horas
É quatro, se der na bola

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Quanto à hora extra, o bitola
Que entrar numa sequer
Tem um castigo horroroso:
Ir pra paira que quiser
Passar um mês bronzeando
Com quem melhor lhe aprouver

E todos, homem e mulher
Mudaram, enfim e na raça
O que a fábrica fazia:
Se era brasa e fumaça,
Tridente, espeto e caldeira
Tudo sumiu da praça

Cansada dessa desgraça
A classe trabalhadora
Fez o seu próprio projeto
Como classe produtora:
Foi fabricar a beleza
E a poesia da aurora

Em vez da dor opressora
Fabricava o infinito
As estrela luminosas
O rio, que canta bonito,
E mais fabricava o povo,
Com seu trabalho bendito

Às nuvens, aqui eu cito
As ondas do mar imenso
Tudo aquilo que se move
Que desce ou está em ascenso
Música que faz da vida
Esse movimento intenso

Assim, justiça e bom senso
Foram usados pra tudo
Varrendo o mundo maluco
Do Belzebu cabeludo
Que ficou bobo de espanto
E de vergonha está mudo

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Um dia, se não me iludo
Um Anjo ia passando
Curioso, veio ver
E logo foi se espantando
Dizendo: "Aqui era o Inferno;
E mudou-se desde quando?"

Sabemos como ia andando
O rumo do acontecido
Ficou muito satisfeito
Nem um pouco aborrecido
Que Deus sempre abençoa
O que é na paz construído

Tendo tudo conhecido
Disse a Santo: "Eu já vou.
Parto agora pra Terra
Se quiser, recado eu dou."
Santo, lembrando do tempo
Em que era vivo, falou:

"Anjo, tu sabes quem sou
E para quem vais falar
Três recados eu lhe peço
Para na Terra entregar
O primeiro é ao PM
Que a mim veio a matar"

"Diga que ele vai prestar
Conta à Justiça Divina
Mas, no que me diz respeito,
Minha alma não lhe incrimina
Já perdoei o que fez
Que a sua mente não atina"

"Deve é buscar a vacina
Para o veneno do patrão
Que quer vencer nossa mente
E já norteia sua mão
Que compreenda seu erro
Ao atirar num irmão"

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"Segundo dos três que vão
É o recado à mulher
E aos filhos que lá ficaram
Que lute o mais que puder
Tenha coragem pra tudo
Que pela vida vier"

"Nem um instante sequer
Esqueço do amor da gente
Que nos uniu todo o tempo
E interrompeu bruscamente
Mas lembre que a minha morte
Não se deu inutilmente"

"Ajuda a classe valente
A compreender bem no claro
Se a morte é preço bem alto
A indiferença é mais caro
Assim na vida encarei
Assim na morte eu encaro"

"Mais um recado eu preparo
Esse o último, o terceiro
Diga pra toda a classe
Para todo companheiro
Que o povo organizado
Há de vencer, altaneiro"

"Seja nesse mundo inteiro
Seja no Inferno, onde for,
Unido e organizado
Ele há de ser vencedor
Acabando a tirania
E derrotando o opressor"

Assim falou, meu leitor
E o recado estás agora
Entregue na sua mão
Sendo lido nesta hora
É recado e é o caminho
Da classe trabalhadora

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Vamos agir sem demora
Trazendo mais companheiro
Pra junto se organizar
Como ensinou, altaneiro,
O Santo Dias da Silva,
Trabalhador brasileiro!

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