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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Zambelli depõe à PGR sobre uso de arma na rua e cita 'violência política'

Carla Zambelli sacou arma e apontou contra homem no meio de rua na região central de São Paulo - Reprodução
Carla Zambelli sacou arma e apontou contra homem no meio de rua na região central de São Paulo Imagem: Reprodução

Do UOL, em Brasília

16/11/2022 20h04

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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) prestou depoimento nesta quarta-feira (16) à PGR (Procuradoria-Geral da República), por videoconferência, a respeito do uso de arma na véspera do segundo turno das eleições, quando ela discutiu com um homem negro, no bairro do Jardins, em São Paulo.

A deputada atribuiu a perseguição armada contra o jornalista Luan Araújo a uma reação ao que ela classificou de ofensas e ameaças e disse que o caso é um episódio de "violência política".

"Sobre o momento em que sacou uma arma, Carla Zambelli esclareceu o contexto em que o fato se deu, expondo as razões pelas quais sua conduta não se revestiu de nenhuma ilegalidade", diz nota da parlamentar enviada à coluna.

O episódio foi criticado por integrantes da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) que afirmam que, somado ao caso envolvendo Roberto Jefferson atacando policiais, o 'caso Zambelli' também teria custado alguns votos ao presidente.

Conforme mostrou o UOL, a postura de Zambelli tem irritado também dirigentes do PL, partido de Bolsonaro.

Segundo a nota de Zambelli, no depoimento à PGR ela "esclareceu a dinâmica da situação, quando foi abordada na companhia de seu filho de 14 anos, tendo recebida ofensas à sua honra e ameaças à sua vida".

"A defesa da deputada esclarece que não existe nenhuma ação penal em andamento, tratando-se tão somente de um procedimento de apuração preliminar, a qual acredita conduzirá ao arquivamento do caso", diz a nota.

No depoimento, Zambelli disse ainda que a abordagem que sofreu foi realizada um dia após ela ter sido vítima de vazamento de seu número de telefone em redes sociais. "Ocasião em que recebeu inúmeras mensagens com ameaças de morte e xingamentos", diz a nota.

À coluna, Zambelli disse que enxerga no episódio um tratamento diferenciado por ela ser uma política de direita. "Estou segura que se fosse uma mulher de esquerda tratada daquela forma por um bolsonarista, o tratamento seria bastante diferente", afirmou.