Carla Araújo

Carla Araújo

Reportagem

'Voltamos ao normal', diz chefe do Exército sobre saída de militares do TSE

A decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de excluir as Forças Armadas do rol das entidades fiscalizadoras das urnas eletrônicas foi recebida com 'tranquilidade' pela cúpula do Exército.

À coluna, o Comandante do Exército, general Tomás Paiva, minimizou qualquer tipo de desgaste com o TSE e declarou que não tem "nenhum problema" de os militares saírem da comissão. O general reforçou ainda que a participação não tinha sido uma iniciativa dos militares e sim do próprio TSE.

"Voltamos ao normal. Não tínhamos essa missão no passado", disse o comandante do Exército.

Em 2021, o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, decidiu fazer o convite para os militares integrarem a comissão fiscalizadora em meio a ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas e a questionamentos de aliados do Planalto contra o sistema eleitoral brasileiro.

Tomás Paiva ressaltou que os militares continuarão atuando em outras funções no processo eleitoral, mas que nada ligado a segurança cibernética das urnas. "Estamos prontos para ajudar na Garantia de Votação e Apuração, que basicamente é segurança e logística", disse.

No Ministério da Defesa, segundo apurou a coluna, a percepção do ministro José Múcio foi similar à do comandante. A avaliação na pasta é que a exclusão ajuda a melhorar a relação dos militares com a sociedade e com o governo.

Múcio tem atuado para tentar minimizar a desconfiança da atuação dos militares, gerada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro

Decisão de Moraes

A proposta de retirar as Forças Armadas da fiscalização das urnas foi lida por Moraes na sessão do TSE de ontem e aprovada por unanimidade pelos demais integrantes da corte eleitoral.

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Conforme mostrou o UOL, a costura para a retirada dos militares já estava sendo feita desde o início do semestre. A decisão ocorre nos preparativos para os testes de segurança das urnas que serão usadas nas eleições de 2024.

Moraes agradeceu a parceria com as Forças Armadas e reforçou que os militares continuarão ajudando na segurança dos eleitores e no apoio logístico.

"Permanecerá nas atividades que realmente são as que as Forças Armadas histórica e tradicionalmente sempre realizaram, numa grande parceria com a Justiça Eleitoral, para a segurança dos eleitores dos locais de votação, além do imprescindível apoio logístico que dão na realização de transporte de urnas", disse.

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