Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
CPT: Mortes por conflitos no campo saltam 75% e têm maior número desde 2017
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
As mortes em decorrência de conflitos no campo cresceram 75% em 2021, segundo dados parciais do relatório "Conflitos no Campo" divulgados hoje pela CPT (Comissão Pastoral da Terra), entidade ligada à CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil). O documento completo será divulgado na próxima segunda-feira (18).
Segundo os dados, foram registrados 35 assassinatos no ano passado, contra 20 em 2020. Foi o maior número de mortes violentas desde 2017, quando o país contabilizou 71 casos.
Essa é a 36ª edição do documento, que é lançado anualmente pela CPT e se tornou a mais importante publicação a contabilizar violência e mortes no campo no país.
Ainda de acordo com os dados parciais do relatório, 11 dos 35 assassinatos ocorreram em Rondônia, estado que registrou o maior número —entre eles um triplo assassinato em agosto, na região de Nova Mutum Paraná, distrito de Porto Velho.
Além desse triplo assassinato, outro também foi registrado na região alta do rio Apiauí, em Mucajaí, no sul de Roraima, onde três indígenas Moxihatëtëa, que pertencem a um subgrupo Yanomami, foram mortos.
Além das mortes diretas, a CPT também relata que houve 109 assassinatos em decorrência de conflitos no campo registrados em 2021, 1.100% a mais que em 2020. O detalhamento desses dados, porém, só será feito na segunda-feira.
A alta na escalada de violência no campo já havia sido denunciada em novembro do ano passado, em um relatório que apontava 26 mortes já contabilizadas em 2021. A maioria dos óbitos ocorreu na Amazônia Legal.
Dados até agosto mostravam que os conflitos no campo estavam em alta, com 418 territórios que sofreram "violência contra ocupação e a posse" no país, dos quais:
- 28% são territórios indígenas
- 23% territórios quilombolas
- 14% territórios de posseiros
- 13% territórios de sem-terras, entre outros.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.