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Renan provoca e lança ex-mulher de Lira como candidata a deputada pelo MDB
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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) informou hoje, em nota enviada à imprensa, que o MDB vai lançar durante a convenção estadual do partido, amanhã em Maceió, a candidatura de Jullyene Lins a deputada estadual. Ela é ex-esposa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e fez uma série de acusações ao parlamentar, inclusive de agressão e ameaça.
Lira e Calheiros lideram grupos fortes e antagônicos em Alagoas e travam intensa batalha política no estado.
Segundo Renan, que preside o MDB em Alagoas, Lins entregou uma carta ao senador solicitando a legenda. "Publiquei a carta nas redes sociais, a repercussão foi forte e positiva", disse o senador licenciado.
Na nota, Renan diz que "Jullyene Lins vem denunciando que foi vítima de agressões físicas, perseguição e ameaças por ter desafiado o poder econômico e político em Alagoas".
Para Renan, "a história de vida é um dos símbolos das mulheres agredidas, perseguidas e ameaçadas com tentativas de serem caladas pela força do poder e do dinheiro".
"Chegou a sofrer alienação parental, perdendo a guarda dos filhos que teve no casamento. Foi punida sem ter culpa, sofreu perdas e derrotas judiciais pesadas, enfrentou todo tipo de dificuldades, mas não desistiu da sua luta, demonstrou a coragem das que sabem que brigam pelo que é certo. Ela serve como exemplo de persistência e resiliência para muitas mulheres", completa.
Procurado pela coluna, o deputado Arthur Lira mandou uma nota afirmando que é "do Progressistas e não comento indicacões de candidatos de outros partidos."
"Sobre o senador Renan Calheiros o que posso dizer é que ele tem uma verdadeira obsessão por mim, que talvez Freud explique. As urnas vão dizer quem fala a verdade, trabalha e realmente faz política séria, sem fake news e arroubos calheiristas", diz o texto.
Em 2019, Lira afirmou à revista Veja que sua ex-esposa é uma "vigarista profissional querendo extorquir dinheiro e inventando histórias".
Jullyene Lins foi casada com Lira entre 1997 e 2006 e o acusa dos crimes de injúria e difamação. Em vídeo publicado nas redes sociais, em março, ela atacou o presidente da Câmara e defendeu a abertura de um inquérito para apurar uma suposta sonegação fiscal.
Em abril, a Justiça Eleitoral mandou tirar do ar as publicações, alegando "clara propaganda eleitoral antecipada, e a multou em R$ 5.000.
Novamente em rede social, ela reclamou da decisão e disse que estavam tentando censurá-la.
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