Carlos Madeiro

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Reportagem

Ato em Brumadinho une tragédias de Maceió, Mariana e boate Kiss por justiça

Representantes de quatro das maiores tragédias ocorridas no Brasil nos últimos anos, e ainda sem as devidas punições, se encontram nesta segunda-feira (22) em Brumadinho (MG), onde participam de ato público e debate em lembrança aos 5 anos do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão.

O depoimento das vítimas e parentes delas acontece a partir das 9h na Câmara Municipal de Brumadinho. Serão quatro dias de evento, que reúne autoridades, vítimas e parentes.

Participam representantes das tragédias de:

Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG), após o rompimento da Barragem do Fundão, da Vale
Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG), após o rompimento da Barragem do Fundão, da Vale Imagem: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O que as uniu?

Todas essas tragédias têm em comum a impunidade. A nossa luta é nesse sentido, pela impunidade desses crimes oriundos e também para que não aconteça a tragédia do esquecimento.
Josiane Melo, diretora da Associação dos familiares das vítimas e atingidos pelo rompimento da barragem em Brumadinho e que perdeu a irmã grávida de 5 meses

Todos os anos desde a tragédia, a data tem sido lembrada com grandes atos que lembram a memória das pessoas que morreram e cobram justiça.

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Este ano, além do ato, será lançado o Observatório das Ações Penais sobre a Tragédia em Brumadinho. A ideia é dar acesso aos familiares e à sociedade informações públicas sobre os processos, constituindo um acervo permanente.

Nós estamos aqui com diversas ações para marcar os 5 anos sem justiça. Estamos juntando as principais tragédias brasileiras sem justiça, dentre elas três da indústria da mineração.
Josiane Melo

Ato em 23 em Brumadinho lembra 4 anos da tragédia
Ato em 23 em Brumadinho lembra 4 anos da tragédia Imagem: Divulgação/Legado de Brumadinho

Maceió na lista

Entre os casos que serão lembrados, a mais recente e única que não ocorreu de forma abrupta foi o afundamento de Maceió.

Justamente por ocorrer de forma lenta e gradual, a representante Neirevane Nunes o que fez com que a expulsão das famílias e problemas gerados por isso fossem sendo pouco notados fora da capital alagoana.

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Estamos dentro de um processo de massacre pela Braskem [responsável pela mineração] e por todas as instituições que têm respaldado suas ações nefastas em Alagoas. E tanto a empresa como o poder público buscam maquiar a gravidade da situação, como estão fazendo em relação às minas.
Neirevane Nunes

Vista aérea dos bairros Mutange e Pinheiro, atingidos por afundamento do solo em Maceió
Vista aérea dos bairros Mutange e Pinheiro, atingidos por afundamento do solo em Maceió Imagem: Jonathan Lins / Folhapress

Reportagem

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