Símbolo turístico do RN, 'Árvore do Amor' é atacada e tem raízes cortadas
Um dos símbolos do turismo no Rio Grande do Norte, a Árvore do Amor foi vítima de vandalismo ontem (27). Segundo a Prefeitura de Maxaranguape, no litoral norte, as raízes foram cortadas na madrugada de terça.
Com mais de 300 anos, a árvore fica na praia de Barra de Maxaranguape e une duas gameleiras com raízes que se conectam, criando uma sombra em formato de coração.
O local ficou conhecido e passou a atrair solteiros em busca de relacionamentos ou em relacionamentos, que amarram fitas com pedidos na árvore.
Em nota, a Prefeitura de Maxaranguape afirmou ter "profunda tristeza e perplexidade" e manifestou "seu inconformismo e seu repúdio ao repentino e brutal crime ambiental sofrido pela Árvore do Amor".
O município fez um boletim de ocorrência e acionou órgãos ambientais e a polícia para que apurem o crime. Também pediu colaboração a quem possa ajudar na identificação dos infratores.
Enquanto a administração municipal, parceiros e membros da população lutam pela recuperação ambiental e principalmente o desenvolvimento sustentável deste ponto turístico, outras pessoas fazem o oposto, infelizmente.
Prefeitura de Maxaranguape
Em nota, o Idema (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN) afirma que enviou hoje uma equipe de fiscalização ao local para apurar o caso e adotar as medidas administrativas cabíveis.
O instituto aponta que os cortes não foram suficientes para matar a árvore.
Não foi possível identificar a pessoa que fez isso, mas o município pediu a ajuda do Idema para recuperar as raízes da árvore, e assumimos um compromisso de a gente encaminhar o setor florestal para ver se consegue recuperar.
Lucia Silva, coordenadora da Fiscalização do Idema
Segundo a analista ambiental Ronile Santos, do Idema, a árvore escapou porque o sistema radicular (responsável pela conexão entre as plantas e o solo) está muito profundo.
No entanto, os cortes expostos vão favorecer a entrada de patógenos [agentes que causam doenças], que vão tornar a árvore mais frágil com o passar do tempo.
Ronile Santos, analista ambiental
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