Carlos Madeiro

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Reportagem

Collor está em sala especial da PF em Maceió e aguarda decisão do STF

O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi detido na madrugada de hoje quando estava tentando embarcar de Maceió para Brasília. Segundo sua defesa, Collor tinha passagem comprada para a capital federal para se apresentar voluntariamente para cumprimento da pena imposta pelo STF.

Não houve resistência à prisão, que ocorreu por volta das 4h, e Collor foi levado para uma sala especial da superintendência da PF (Polícia Federal) no bairro do Jaraguá, em Maceió. Por ter ocorrido na madrugada, não houve qualquer tumulto ou presença de jornalistas para fazer imagens da sua chegada.

Em Maceió, Collor aguarda o direcionamento que será dado pelo Supremo, já que o ministro Gilmar Mendes suspendeu o julgamento virtual para avalizar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que negou o último recurso e determinou o início do cumprimento da pena de oito anos e dez meses de prisão.

Desde cedo, a movimentação é intensa de jornalistas no prédio da PF, mas sem qualquer manifestação oficial sobre o tema. A comunicação oficial sobre a prisão está sendo coordenada pela PF em Brasília, onde fica a sede do órgão.

A única informação que circula em Alagoas é que ele não deixa a carceragem hoje, já que não se sabe para onde Collor será levado para cumprir pena. O ex-presidente tem residências em São Paulo, Brasília e Maceió. A defesa de Collor não se manifestou sobre o tema.

No final desta manhã, quem esteve na PF para tentar visitar Collor foi o diretor da OAM (Organizações Arnon de Mello), Luís Amorim, que também foi condenado na mesma ação a 3 anos de prisão (convertida em prestação de serviços a comunidade). Ele afirmou que Collor estava em Maceió desde ontem e tinha interesse em se apresentar em Brasília, sem dar maiores detalhes. A visita, porém, não foi autorizada porque Collor estava passando por audiência de custódia.

Já os advogados de Collor estão atuando em Brasília. Às 9h42, o STF recebeu a sustentação oral feita pela defesa do ex-presidente, que tenta reverter a decisão de negar o último embargo feito à condenação. A estratégia, para Moraes, trata-se apenas de protelação.

Movimentação no saguão de entrada da sede da PF em Maceió, onde Collor está preso
Movimentação no saguão de entrada da sede da PF em Maceió, onde Collor está preso Imagem: Arquivo pessoal

O prédio que Collor está é o mesmo que ficou conhecido em 2003 após a polêmica transferência do traficante Fernandinho Beira-Mar. A justificativa para trazer o homem considerado o criminoso mais perigoso do país à época foi a de que a Superintendência da PF em Alagoas seria a mais bem equipada depois da regional de São Paulo.

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Tanto nessa vez, como outros momentos de prisões de deputados e prefeitos nas operações Gabiru e Taturana, policiais alegaram que não há estrutura para receber presos de forma permanente, alegando que manter pessoas detidas afetava a dinâmica do órgão em suas funções originais.

Reportagem

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3 comentários

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Alfio Serinho

SERÁ QUE O PERÚ DARÁ ASILO POLÍTICO PARA COLLOR?

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Paulo de Tarso Condini

o avanço ao inss ( entes fraudadores ) iniciou-se em 2019 (sic)...em 2023 ( novo governante ) determinou investigação...em 2025 policia federal conclui ... segura peão !

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