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Ministros do STF e do TSE respiram aliviados depois da posse de Moraes
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Depois que Alexandre de Moraes foi empossado, discursou e deixou o plenário, ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e do STF (Supremo Tribunal Federal) respiraram aliviados. Antes da cerimônia de ontem, havia uma tensão entre a cúpula do Judiciário. Ministros estavam preocupados com a possibilidade de algo sair do roteiro, diante das presenças confirmadas para o evento.
"Ufa", disse à coluna um ministro do TSE depois da cerimônia. Segundo o integrante da Corte, o discurso de Moraes foi duro, como esperado, mas ele teria conseguido amenizar a situação ao citar Jair Bolsonaro logo de início, quando enfatizou o agradecimento à presença do presidente no evento.
De acordo com o mesmo ministro, ainda em caráter reservado, "a posse foi institucionalmente importante", porque reuniu os principais atores da República às vésperas de uma campanha eleitoral conturbada. Outro integrante do TSE ouvido pela coluna disse, ao final do evento, que a posse foi mais tranquila do que ele esperava.
O ambiente no TSE ontem tinha potencial para promover situações no mínimo constrangedoras: Bolsonaro em frente a Luiz Inácio Lula da Silva; Dilma Rousseff na mesma fileira de Michel Temer; Moraes discursando em defesa do sistema eleitoral; Bolsonaro sem direito a fala e ouvindo tudo calado diante das câmeras.
Na saída, ministros da Corte temiam que o presidente da República manifestasse publicamente sua insatisfação - seja para os próprios integrantes do tribunal, seja em declaração à imprensa. Mas Bolsonaro se comportou da forma mais discreta possível. Chegou já na hora de início da posse e saiu sem comentar nada.
Lula, em compensação, chegou ao plenário antes de Bolsonaro e cumprimentou os ministros do TSE e do STF. Primeiro, não quis dar declaração à imprensa. Na saída, mudou de ideia. "Hoje é dia da Justiça Eleitoral. O discurso do Alexandre foi a confirmação da democracia neste país. Ou seja, hoje foi um ato muito forte para consolidar o processo democrático, o processo eleitoral brasileiro", disse aos jornalistas.
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