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TSE bane 27 grupos de redes após eleição e monitora extremistas até a posse
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No dia seguinte ao segundo turno, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) bloqueou 27 grupos do Telegram que defendiam um golpe militar e conclamavam seguidores a organizar manifestações em apoio à causa. Cada grupo atuava em uma unidade da federação. Ao todo, eles somavam 153.273 seguidores.
Passada a eleição, o tribunal vai continuar monitorando grupos desse tipo para evitar que manifestações antidemocráticas perturbem o ambiente do país para a diplomação e posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A diplomação de Lula no TSE está agendada para o dia 19 de dezembro. Em 1º de janeiro, ele toma posse e deve receber a faixa presidencial de Jair Bolsonaro (PL).
Evitar "Capitólio brasileiro". A ação da Corte visa evitar que haja no Brasil um movimento parecido com o ocorrido nos Estados Unidos, quando o Capitólio foi invadido por apoiadores de Donald Trump que queriam evitar a diplomação de Joe Biden.
O Telegram, por sinal, foi o aplicativo utilizado por caminhoneiros para organizar protestos em rodovias do país contra a vitória de Lula. Muitas mensagens tinham conteúdo golpista e alguns grupos foram desativados pela própria plataforma.
Os grupos banidos ontem do Telegram anunciavam uma "paralisação geral pelo Brasil".
O que os grupos diziam. A mensagem inicial era: "Atenção, entrem nos grupos de seus respectivos estados e organizem suas concentrações. Primeiro rodovias, depois vias de acesso e, por fim, centro das cidades".
Ainda de acordo com os organizadores dos grupos, "o prazo para a ação das Forças Armadas é de 72 horas, não temos políticos, partidos ou financiamentos. Nós, o povo, não seremos ultrajados e nem a nossa pátria! Comunismo aqui, não?!".
Outra mensagem publicada era: "Não vamos deixar nosso país ser entregue ao comunismo, vamos às ruas pedir intervenção militar juntamente com os caminhoneiros, não iremos recuar".
Atuação continuada. A estrutura montada pelo TSE para banir extremistas do cenário eleitoral continuará operando de forma perene.
A expectativa de fontes do tribunal é que haja mais bloqueios de perfis e desmonte do planejamento de manifestações antidemocráticas até a posse.
Procuradoria também atuará. Na PGR (Procuradoria-Geral da República), a ordem é a mesma: continuar monitorando os grupos extremistas para evitar ameaças às instituições.
Além da diplomação e da posse, a PGR foca também no feriado de 15 de novembro. A tendência é que grupos bolsonaristas tentem tomar as ruas em defesa do fechamento do STF e de uma intervenção militar.
Embora Lula tenha vencido a eleição, fontes da PGR e do TSE afirmam que grupos em defesa de ideias antidemocráticas, muitos deles apoiadores de Bolsonaro, seguirão sendo um foco de atenção neste ano e ao longo do mandato do petista.
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