Barroso não dará apoio público nem pedirá para Lula indicar aliado ao STF
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, tem dito a pessoas próximas que não vai declarar apoio público nem indicar um nome para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolher na corrida pela cadeira deixada por Rosa Weber.
Segundo entende o ministro, essa escolha é prerrogativa do presidente da República e, portanto, cabe somente a ele a definição. A ministra se aposentou em 30 de setembro e até agora não há previsão de quando o sucessor será nomeado.
Interlocutores de Lula afirmam que o presidente não vai priorizar a escolha para o STF agora. Ele não estaria tratando do assunto com assessores próximos. Suas prioridades nessas conversas têm sido duas: conter a onda de violência no Rio de Janeiro e abrir caminho para a agenda econômica do governo.
Aliados do presidente acreditam que o aumento da violência — primeiro na Bahia, e agora no Rio de Janeiro — pode ser um fator de atraso na escolha para o próximo ministro. O preferido para a vaga era o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flavio Dino (PSB). No entanto, a avaliação de integrantes do governo é que seria imprudente tirar ele do posto no momento de crise.
A pessoas próximas a Lula tem dito que até o fim do ano define o próximo ministro do Supremo. Enquanto isso, assessores do presidente dizem que o nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, ganhou força na corrida nos últimos dias, em razão da conjuntura na pasta de Dino.
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