Carolina Brígido

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Após dar vaga de ministra para homem no STF, Lula deve fazer o mesmo no STJ

Depois de dar a vaga da ministra Rosa Weber para Flávio Dino no STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá fazer um movimento semelhante, mas com repercussão ainda maior, no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Existem hoje duas cadeiras vazias na Corte. Elas pertenciam às ministras Laurita Vaz e Assusete Magalhães, que se aposentaram. Os mais cotados para as vagas atualmente são homens. As nomeações são aguardadas para o fim deste semestre.

As 33 cadeiras do STJ são divididas entre juízes federais, juízes estaduais, integrantes do Ministério Público e representantes da advocacia. As cadeiras em disputa hoje pertencem à Justiça Federal e ao Ministério Público. O tribunal já recebeu das instituições as listas dos candidatos às vagas. Em junho, o tribunal deve votar duas listas tríplices e encaminhar para a escolha de Lula.

Na briga para entrar nas listas tríplices, os aspirantes a ministros estão agora em campanha com ministros do STJ e também estreitando laços com o Palácio do Planalto. Nas duas frentes, a preferência é para homens.

Na vaga do Ministério Público, o mais bem avaliado é procurador de Justiça Sammy Barbosa Lopes, do Acre, e que tem o apoio do ministro do STJ Mauro Campbell. Para a outra vaga, existem dois concorrentes com chance de nomeação: os desembargadores Rogerio Favreto, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, e Ney Bello, do TRF da 1ª Região.

Favreto deu um habeas corpus para libertar Lula em 2018, mas o petista continuou preso por decisão do então presidente do TRF-4, Thompson Flores. Bello tem dois cabos eleitorais com interlocução estreita com Lula: os ministros do STF Gilmar Mendes e Flávio Dino.

Entre as mulheres que concorrem às vagas, poucas têm chance real de nomeação —entre elas, as desembargadoras Daniele Maranhão, do TRF-1, e Monica Sifuentes, do TRF-6, além da procuradora Ivana Farina, de Goiás.

Depois que Lula escolher os dois novos ministros, eles precisarão ser submetidos a sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Se aprovados, podem tomar posse.

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