Bolsonaristas fracassam nas urnas e Bolsonaro depende ainda mais do Centrão
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Dos 12 prefeitos que Jair Bolsonaro apoiou nas eleições municipais, somente quatro se elegeram ou foram para o segundo turno. Seus apoiadores mais radicais, que se autoclassificam como conservadores, mas são na verdade de extrema-direita, tiveram votação pífia.
Desde que surgiram os primeiros resultados, os extremistas puseram-se no Twitter a choramingar. "O que houve com os conservadores? Erramos, nos pulverizamos ou sofremos uma fraude monumental?", tuitou a deputada Carla Zambelli (PSL-SP)
Se o bolsonarismo foi derrotado, o presidente pode se consolar com seus mais recentes aliados. Partidos do Centrão tiveram excelente performance nas urnas. O Progressistas foi o segundo partido em número de prefeitos.
O problema dessa equação é que Bolsonaro fica cada vez mais dependente do Centrão.
Tanto para tocar os projetos do governo, quanto para as pretensões eleitorais de 2022, o presidente tem agora os liderados de Arthur Lira (PP-AL) como principal esteio.
Essa aproximação já causou muitos problemas com o bolsonarismo raiz e também não é vista com bons olhos pela ala militar do governo.
Aquele Bolsonaro que se elegeu fazendo os piores comentários sobre o Centrão e prometeu não ceder ao toma-lá-dá-cá, já se sabe, definitivamente não existe mais.
Nos pouco mais de dois anos que lhe restam de governo deverá aprofundar essa dependência.
O presidente descobriu ontem que seus cães de guarda podem rosnar muito nas redes sociais, mas nas urnas já não fazem mal a ninguém.
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