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Criticado na PGR, Aras ganha livro-homenagem com artigos de nomes do STF
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No mundo dos figurões de Brasília, nem tudo o que parece ser realmente é. Um bom exemplo é o caso do procurador-geral da República, Augusto Aras. Durante meses a fio, ele foi criticado por opositores do governo, por seus pares (subprocuradores e ex-procuradores-gerais) e até por ministros do Supremo Tribunal Federal graças à omissão diante dos descalabros praticados pelo presidente Jair Bolsonaro.
Indicado para recondução ao cargo, foi à sabatina do Senado sob expectativa de ser trucidado. O que se viu foi uma sessão de perguntas na maior parte do tempo amigáveis. Os questionamentos tiveram clima de convescote, o que ajudou Aras a ser confirmado para sua segunda temporada no cargo por 55 votos a 10.
Como se vê, enquanto o Brasil acompanhava revoltado a tudo o que Augusto Aras deixou de fazer como PGR, os personagens da cena política de Brasília achavam tudo normal.
Uma nova prova desse descompasso entre os engravatados do Planalto e o restante do país surge agora em forma de livro.
Está prestes a ser lançada a obra "Estado, Direito e Democracia - Estudos em homenagem ao prof. dr. Augusto Aras", uma coletânea de artigos coordenada pelos juristas Carlos Vinícius Alves Ribeiro, Otávio Luiz Rodrigues Jr. e pelo ministro do STF Dias Toffoli.
O livro é apresentado como um diálogo franco e honesto sobre os assuntos mais caros ao homenageado. Entre os autores dos ensaios, estão figuras como o ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça; os ministros do STF Edson Fachin, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux (presidente da Corte); o ex-ministro Marco Aurélio Mello; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e muitos juristas de renome.
Curioso é lembrar que Fux recentemente pediu reunião e foi conversar com Aras justamente para pressioná-lo a fiscalizar Bolsonaro de acordo com o que prevê o seu cargo. Outros ministros do STF também mandaram recados ao PGR no mesmo sentido.
Apesar de não ter feito comentário público a respeito da atuação do procurador-geral, Rodrigo Pacheco não deve também estar feliz por ser obrigado a mandar recados frequentes ao presidente da República, por falta de providências de Augusto Aras.
Os juristas que assinam os demais textos igualmente não terão palavras elogiosas para o trabalho do PGR em seu primeiro mandato.
Apesar disso, brevemente quem for a uma livraria (digital ou física) vai encontrar nas prateleiras o livro em homenagem a Augusto Aras.
Na capa, uma foto do PGR sorridente.
No mundo dos figurões de Brasília, nem tudo o que parece ser realmente é.
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