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Chico Alves

REPORTAGEM

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Representante de delegados da PF: troca do chefe no DF "cria mais crise"

O delegado Edvandir Felix de Paiva, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) - Divulgação
O delegado Edvandir Felix de Paiva, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

08/10/2021 16h16

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A decisão do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, de trocar o chefe da superintendência no Distrito Federal, Hugo de Barros Correia, não foi bem recebida pelo presidente da Associação Nacional dos Delegados de PF, Edvandir Felix de Paiva. O motivo principal da crítica é a falta de justificativa para a troca.

"Quando há esse tipo de mudança é preciso ter uma motivação, precisa ter uma fundamentação", disse Paiva à coluna. "Até porque a gente está no momento de ebulição política, é importante se comunicar muito claramente com a sociedade".

Para o presidente da associação, fazer uma troca sem ter motivo claro "cria mais crise, cria mais especulação, cria mais agito internamente".

Sobre as especulações de que Correia foi tirado do cargo por conta do inquérito que investiga o filho do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, Paiva acha pouco provável que tenham fundamento.

"Não é o superintendente quem cuida do caso Jair Renan, são outros delegados", explica. "Mas é certo que isso aí gera toda uma uma narrativa e que a gente nunca fica sabendo se é ou se não é".

Sem a explicação da PF para o que aconteceu, as especulações crescem, diz Paiva, os próprios policiais "começam a duvidar do caminho que nós estamos seguindo".

"Há um prejuízo de coesão, de confiança, muito grande. E aí vem essas narrativas dizendo que o colega foi trocado por conta de investigações em andamento e não há uma explicação mais concreta, as pessoas começam a se dividir entre narrativas", critica ele.