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Líderes caminhoneiros divergem sobre proposta de Arthur Lira para Petrobras
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Com objetivo de baixar o preço dos combustíveis, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), sugeriu que a Petrobras seja privatizada ou submetida a uma intervenção do governo. A proposta não foi bem recebida por importantes líderes dos caminhoneiros, que sofrem com a alta do preço do óleo diesel. Ouvidos pela coluna, três representantes da categoria discordaram da ideia de privatização e só um deles disse apoiar uma possível intervenção para conter a alta dos combustíveis.
"Não à privatização, e sim à reestatização. Defender a Petrobras pública é defender a soberania nacional", diz Carlos Alberto Litti Dahmer, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL). "Não conheço a proposta de intervenção do Lira, mas pode ser feita de várias formas, inclusive para piorar a situação e encaminhar para a privatização".
O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, também é contra passar a Petrobras para a iniciativa privada.
"Não conheço nenhum país do mundo que privatize sua estatal de energia. Outra coisa: foi feita a venda da antiga Refinaria Landulfo Alves, na Bahia, para o grupo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, e ficou provado que a privatização não dá certo. Hoje o preço do produto na Bahia é um dos mais caros do país", diz ele.
Chorão diz, no entanto, que é favorável a uma intervenção com objetivos específicos. "O governo realmente precisa intervir, temos uma estatal que está tendo lucro no trimestre de R$ 44,5 bilhões. É preciso garantir subsídio ou retirada do Preço de Paridade de Importação (PPI), para que a categoria e a sociedade possam respirar. A gente está sangrando para beneficiar grandes acionistas", acredita.
Plinio Dias, presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Carga (CNTRC) é contrário às duas sugestões de Lira. "Nem uma e nem outra. Eles que olhem pelo Brasil, tirem esse PPI e coloquem o valor em reais", opina Dias. "No caso da privatização, viraria um monopólio privado". Ele também desaprova a ideia de intervenção na empresa.
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