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Chico Alves

REPORTAGEM

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Santos Cruz: uso político do 7/9 por Bolsonaro é 'populismo' e 'demagogia'

O ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos Alberto Santos Cruz - Pedro Ladeira/Folhapress
O ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos Alberto Santos Cruz Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Colunista do UOL

06/09/2022 10h09

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Para o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro de Governo de Jair Bolsonaro, a exploração política da cerimônia do Dia da Independência, proposta pelo presidente da República, é uma iniciativa sem precedente. "Sete de Setembro é uma data de celebração e, neste ano, especialmente pela comemoração dos 200 Anos da Independência. Sempre foi celebração", disse ele à coluna. "Em mais de 45 anos de Exército, nunca vi alguém querer transformar a data em manifestação política".

Santos Cruz identifica os motivos dessa distorção. "O populismo e a demagogia estão tentando transformar o evento em manifestação política e alimentar fanatismo, à cata de votos", lamenta.

"Que corra tudo em paz é a condição principal. Tentar confundir o desfile de Forças Armadas e outros grupamentos com manifestação político-partidária é falta de responsabilidade", ataca o general.

Para ele, "quem perde é o Brasil e as Forças Armadas".

"Tendo como base 2021, espero que 7 de Setembro não seja o dia da fanfarronice e 9 de setembro o dia da covardia", diz Santos Cruz, em referência ao discurso golpista feito por Bolsonaro no ano passado, que depois amenizou o tom e negociou uma "trégua" com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

"Que transcorra em paz o 7 de Setembro, marco dos 200 Anos da Independência, e que seja celebrado por todos", espera o general.