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Renan diz que é 'aparelhamento da PF' operação contra governador de Alagoas
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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) criticou duramente a operação da Polícia Federal que resultou no afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), por suspeita de corrupção. Dantas, que concorre à reeleição, foi tirado do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que atendeu a um pedido da PF. "Há 15 dias, eu entrei com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo para investigar o aparelhamento da Polícia Federal", disse Calheiros à coluna. "É exatamente o que estamos vendo agora, com interferência no processo eleitoral".
O senador alagoano reclama que a investigação de 2017 sobre Dantas, então deputado estadual, tenha resultado em uma operação como a de hoje, justamente entre o primeiro e o segundo turno da eleição. "Pegaram uma investigação estadual e mandaram para o âmbito federal", diz ele. "E fazem isso justamente contra o candidato favorito, que somente por 3% não foi eleito em primeiro turno, oponente de Jair Bolsonaro".
Calheiros acredita que o seu principal adversário político no estado, o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, esteja por trás do afastamento de Paulo Dantas. "As postagens de Lira nas redes sociais já anunciavam que algo assim iria acontecer", afirma.
Outro indício apontado por Calheiros foi a entrevista coletiva marcada para hoje pelo candidato adversário ao governo, Rodrigo Cunha (União), que acabou cancelada. "Ele daria uma coletiva hoje, mas desmarcou porque ficaria evidente que ele ontem já sabia que algo iria acontecer", diz o senador emedebista.
Segundo Calheiros, a acusação contra Dantas foi distribuída a três diferentes ministros do STJ até chegar a alguém que autorizasse a operação de hoje - a decisão foi da ministra Laurita Vaz. Ele explicou que os advogados estão estudando a melhor forma de restituir Dantas ao cargo.
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