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Kajuru entra no PSB, defende Lula e promete fazer nova tatuagem
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Quando foi à casa do senador Alvaro Dias (Podemos-PR), na semana passada, Jorge Kajuru não tinha somente o objetivo de mostrar a tatuagem que fez nas costas com o rosto do colega de Senado (o desenho viralizou nas redes sociais). Além de prestar a homenagem, Kajuru aproveitou a visita para comunicar a Dias que tomara a decisão de sair do Podemos para ingressar no PSB.
"Comecei a ter divergências, a discordar de Marcos do Val, do Eduardo Girão. Eles caminharam para um rumo bolsonarista demais", explicou à coluna. "Marcos do Val chegou a pedir impeachment do Lula com 15 dias de governo, não tem cabimento um negócio desses".
Além disso, Kajuru reclama que o Podemos colocou à frente da legenda em Goiás, sua base eleitoral, dois políticos que ele considera "inimigos mortais".
Esses fatores o levaram a trocar de partido. A escolha do PSB como destino teve a ver com o seu passado. "Estive lá por um ano e meio, fui amigo pessoal do Miguel Arraes, do Eduardo Campos mais ainda", afirma. "Além disso, o presidente da legenda, Carlos Siqueira, me chamou. O Alckmin me chamou, fez reunião comigo de uma hora e meia, fez questão de que eu seja o líder. Tive o nome escolhido por unanimidade, topei na hora".
Kajuru sai de uma legenda que critica bastante o PT para uma que faz parte da base do governo. Ele justifica a mudança. "Acredito que o Lula não queira errar e não vai errar, porque quer terminar a vida dele lá em cima e não lá embaixo, no chão", diz. "Como sou otimista, não posso ficar em um partido que se declarou oposição ao Lula de uma forma mais radical que o PL. Dizer que o Lula sabia do golpe (refere-se à depredação dos prédios em Brasília)? Aí é demais".
Sobre o fato de defender o governo petista, mesmo que o eleitorado goiano seja em sua maioria bolsonarista, o senador minimiza a situação. "Bolsonaro teve 65% dos eleitores, agora tem 55%. Caiu, não é mais como era", avalia. "O ex-presidente está em queda livre, se a Folha de S.Paulo fizer uma pesquisa hoje vai constatar isso".
No Senado, Kajuru não acredita que o governo Lula vai ter tantas dificuldades como se especula, pelo perfil mais conservador dos novos eleitos. Na briga pela presidência da Casa, aposta na vitória folgada de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) contra Rogério Marinho (PL-RN) - que considera um candidato "lusco-fusco" - e estima que não haverá mais que 15 senadores na oposição.
A troca de partido não é a única mudança prevista pelo senador goiano: em breve, ele vai substituir a tatuagem com o rosto de Adriane Galisteu, que tem nas costas (ao lado da de Alvaro Dias), pela figura da senadora Leila do Vôlei (PDT-DF). "Tenho 30 anos de amizade com a Leila, somos como irmãos, desde que eu era jornalista e ela era da seleção de vôlei, nas Olimpíadas de 92", conta.
Ele expõe a mágoa que o fará apagar a tatuagem de Adriane Galisteu. "Fiquei muito chateado porque dei uma entrevista defendendo ela, dizendo que nunca aceitou ter nada com o Silvio Santos e ela ficou chateada, declarou que eu tinha sido infeliz", explica, em referência a um comentário feito ao canal de YouTube de Antonia Fontenelle, em que relatou um suposto assédio de Silvio Santos à apresentadora. Galisteu negou que isso tenha acontecido.
"Eu defendi a mulher e ela ainda ficou chateada? Então não merece mais ficar no meu corpo", comenta.
Além dos rostos de Alvaro Dias e Adriane Galisteu, Kajuru tem ainda as tatuagens das figuras de José Luiz Datena, Claudia Leitte e da própria mãe.
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