"Amo desesperadamente meu presidente", diz Damares
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A ministra Damares Alves, responsável pela pasta de Direitos Humanos, se negou a comentar a atitude do presidente Jair Bolsonaro, que acenou um apoio às manifestações contrárias ao Congresso e em defesa de militares e do governo.
O ato marcado para 15 de março ganhou o apoio de Bolsonaro, que enviou um video a seus aliados e amigos que convocava o povo às ruas para defende-lo.
O gesto ocorreu depois que o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, criticou o Congresso, há uma semana.
Numa primeira tentativa por parte da reportagem de questionar a ministra Damares Alves sobre o assunto, ela evitou o tema. "Conversamos depois", disse a ministra, que está participando de eventos na ONU, em Genebra. Numa segunda tentativa, ela respondeu: "não vou me manifestar".
Diante da terceira tentativa da coluna em saber sua opinião sobre o assunto, ela apenas respondeu: "registre aí: amo desesperadamente meu presidente".
Em seu discurso na ONU, Damares não citou uma só vez a palavra democracia em seu mais de sete minutos sobre direitos básicos no palco do Conselho de Direitos Humanos.
Seus assessores, ao serem alertados que a coluna gostaria de um comentário da ministra sobre o gesto do presidente, questionaram qual era a relação entre o ato e direitos humanos.
Parte fundamental dos pactos de direitos humanos na ONU se refere aos direitos políticos e civis, além de liberdades e determinações sobre cada um dos poderes do estado.
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