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Mortes por covid no mundo têm menor taxa desde outubro do ano passado
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O número de mortos pela covid-19 no mundo atinge seu menor patamar desde outubro de 2020. Mas os dados mostram que a taxa é ainda elevada e que a pandemia de coronavírus está longe de ser controlada.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 54 mil pessoas não sobreviveram ao vírus na semana que terminou no dia 4 de outubro. A última vez que o número atingiu tal proporção foi na segunda metade de outubro de 2020. Em seu auge, a pandemia matou mais de 101 mil pessoas por semana, no mundo todo, em janeiro de 2021.
Com a vacinação ganhando força, os números registraram a sétima semana consecutiva de queda. Mas, para a OMS, não há nada a comemorar.
Em quase dois anos de crise sanitária, 4,8 milhões de pessoas perderam suas vidas. Com 600 mil mortos, o Brasil é o segundo colocado, superado apenas pelos Estados Unidos, com 698 mil. O território americano, porém, conta com 100 milhões de habitantes a mais que no Brasil.
Um aspecto positivo tem sido a taxa de redução de mortes na África, com queda de 25% na última semana, mesmo sem vacinas.
De acordo com a OMS, 3,1 milhões de novos casos foram registrados nos sete dias que terminaram em 4 de outubro. Trata-se de uma queda de 9% em comparação à semana anterior e o mundo entra no terceiro mês consecutivo de redução. Mas a taxa é ainda equivalente ao que se registrava no planeta em julho deste ano.
As maiores reduções foram:
- África (-43%)
- Oriente Médio (-21%)
- Sudeste Asiático (-19%)
- Américas (-12%)
Se o mundo conta com 234 milhões de casos acumulados, o que ainda surpreende a OMS é a persistência do problema no continente europeu. Na última semana, a região registrou um aumento de 5% nos casos, liderados pela Turquia e Rússia, com um aumento de 13%.
Na semana, os maiores números de casos novos foram relatados nos Estados Unidos (760.571), Reino Unido (239.781), Turquia (197.277), Federação Russa (165.623) e na Índia (161.158), que viu uma diminuição de 21%.
A variante delta foi registrada em 192 países —sete a mais que a semana passada— em todas as seis regiões da OMS.
Vacinação é maior aposta
Diante dos números, a OMS admite que a tendência é positiva. Mas que o planeta está longe de declarar o fim da pandemia. Na melhor das hipóteses, isso poderia ocorrer em meados de 2022, quando a meta de vacinar 70% da população mundial poderá ser atingida.
As estimativas da indústria apontam que haverá vacina suficiente no final do primeiro semestre de 2022. Mas a questão central na OMS é equacionar o problema da distribuição. Hoje, a África continua com uma taxa de cobertura do imunizante de apenas 2%, contra mais de 54% nos países ricos.
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