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Jamil Chade

REPORTAGEM

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Rússia exige que armas nucleares dos EUA na Europa sejam retiradas

Colunista do UOL

01/03/2022 06h53Atualizada em 01/03/2022 19h59

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O chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, alertou que a presença de armas nucleares dos EUA em solo europeu é "inaceitável" e que "chegou a hora de serem retiradas". Num discurso nesta terça-feira, por vídeo conferência na ONU e em plena agressão russa contra a Ucrânia, o representante do Kremlin acusou os EUA de criar "insegurança" no mundo.

O discurso diante da Conferência de Desarmamento das Nações Unidas foi alvo de um boicote, com uma parcela importante dos governos na ONU se retirando da sala enquanto Lavrov tomava a palavra.

O chanceler não pode viajar até Genebra por conta do embargo imposto contra o diplomata e o fechamento do espaço aéreo. Mas, em um vídeo, ele insistiu sobre a necessidade de um acordo sobre a segurança regional com os americanos.

A cobrança de Lavrov ocorre dias depois de o presidente Vladimir Putin alertar que estava colocando suas armas nucleares de prontidão, ainda que tenha insistido que se tratava de uma medida de defesa diante do que o Kremlin julgou ser provocações por parte da Otan. O gesto por parte de Moscou foi condenado pela comunidade internacional.

Para Lavrov, os americanos e seus aliados precisam encerrar o deslocamento de mísseis de médio e longo alcance na Europa.

O ministro russo ainda alertou que a Ucrânia estaria mantendo "tecnologia nuclear" que herdou dos anos da URSS e que esse "perigo" teria de ser tratado. Kiev rejeita a acusação e insiste que abriu mão das armas nucleares que estavam no país quando o bloco soviético se desintegrou.

  • Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia no UOL News com Fabíola Cidral: