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Apesar de ataques, Davos confirma Haddad e Marina Silva em Fórum Mundial
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Os organizadores do Fórum Econômico Mundial confirmam que, apesar dos ataques contra a democracia brasileira, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva irá enviar para a cidade de Davos (Suíça) uma delegação liderada pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Marina Silva (Meio Ambiente).
O evento ocorre entre os dias 16 e 20 de janeiro, com o tema da "cooperação" como centro do debate.
O presidente da instituição, Borge Brende, qualificou os eventos em Brasília como "dramáticos". Mas comemorou a manutenção da delegação brasileira.
Davos tinha convidado Lula para o evento. Conforme o UOL revelou com exclusividade, a proposta para dar um espaço privilegiado ao presidente brasileiro foi feito antes mesmo de Lula ter tomado posse. Mas o Palácio do Planalto decidiu que ir para a estação de esqui não era a prioridade.
Segundo Brende, Marina Silva deve dar "sinais fortes" do compromisso do governo brasileiro com o combate ao desmatamento. Ela estará acompanhada pelos presidentes do Equador e da Colômbia, dois países amazônicos. John Kerry, representante da Casa Branca para os temas climáticos, também estará presente.
O tema ambiental e soluções econômicas estarão entre os principais temas do evento. Segundo os organizadores, todos os indicadores climáticos vão numa direção preocupante. Por ano, o mundo perder 10 milhões de hectares de florestas.
Davos quer falar sobre uma "nova fundação" para a produção, inclusive por parte da agricultura. Além de uma mudança de consumo.
A questão indígena ainda será debatida, assim como uma forma para "abrir o potencial econômico" dos conhecimentos de povos tradicionais.
Mas Haddad também será fortemente demandado. Para Borge Brende, o evento ocorre diante do "mais complexo cenário geopolítico em décadas" e não se pode descartar que parte da economia entre em recessão.
No total, o evento contará com:
- 52 chefes de estado e de governo
- 379 personalidades públicas
- 56 ministros da Economia
- 19 presidentes de Bancos Centrais
- 30 ministros do Comércio
Klaus Schwab, fundador do Fórum, admitiu que o evento ocorre no momento de "múltiplas crisis". Davos, segundo ele, deve ajudar os líderes a mudar a forma de olhar para a situação internacional. Seu temor é de que políticos estejam "presos" em uma visão de curto prazo, lidando com diversas crises simultâneas.
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