ONU critica Equador e diz que invasão mina relações internacionais
A decisão das forças de ordem de invadir a Embaixada do México no Equador foi criticada pela cúpula da ONU. A entidade está preocupada que a violação de princípios básicos da diplomacia e das regras de imunidade e inviolabilidade existentes por décadas seja repetida em outras partes do mundo.
Com os ataques contra o direito internacional cometidos pela Rússia na invasão da Ucrânia e em Gaza, por parte de Israel, o temor na ONU é de que os princípios que ordenaram as relações internacionais virem um desmonte.
Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral António Guterres, afirmou que o chefe da ONU está "alarmado com a entrada forçada das forças de segurança equatorianas nas instalações da Embaixada do México em Quito".
Ele reafirma o princípio fundamental da inviolabilidade das instalações e do pessoal diplomático e consular, enfatizando que esse princípio deve ser respeitado em todos os casos, de acordo com o direito internacional.
"O secretário-geral enfatiza que as violações desse princípio prejudicam a busca de relações internacionais normais, que são essenciais para o avanço da cooperação entre os Estados", disse.
Guterres pediu "moderação e exorta os dois governos a resolverem suas diferenças por meios pacíficos".
Parte das práticas diplomáticas, a regra da inviolabilidade foi codificada na Convenção de Viena de 1961, ratificada tanto pelo Equador quanto pelo México. Para especialistas, sem essas regras, as relações internacionais e a diplomacia viveriam um caos.
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