EUA advertem os iranianos e exigem na ONU que Teerã seja responsabilizado
O governo americano usou o encontro do Conselho de Segurança da ONU, neste domingo (14), para atacar o Irã e mandar um alerta: se Teerã voltar a atacar Israel ou ameaçar os EUA, o regime será "responsabilizado".
Segundo a diplomacia americana, Washington irá propor medidas contra o Irã nos próximos dias, por meio do Conselho de Segurança. Mas, até lá, pede que o órgão condene de forma inequívoca.
"Os EUA condenam os ataques contra Israel por parte do Irã e por seus parceiros. A meta era criar danos e mortes", afirmou Robert Wood, embaixador americano na ONU.
Segundo ele, as "ações irresponsáveis" do Irã ameaçam a região. "A ação do Irã não pode ficar sem respostas", insistiu. "O Irã viola suas obrigações por meio de Guarda Revolucionaria, armando grupos no Iêmen, atacando navios e armando o Hezbollah", disse. Wood ainda acusou Teerã de transferir drones para os russos e violar direito internacional.
Para completar, o governo americano acusou o Irã de ser cúmplice de ataques de 7 de outubro, por parte do Hamas.
Segundo os americanos, "por ser uma ameaça à segurança, o Irã precisa ser responsabilizados", "Se Irã tomar medidas contra EUA e Israel, será responsabilizado", disse.
Segundo ele, os americanos "não querem uma escalada" e garantem que todas as ações que tomaram foram de garantir a defesa de Israel. "Mas para evitar que isso continue, precisamos condenar o que foi realizado", disse.
"A meta é desescalar e depois voltar a uma negociação para acabar a crise em Gaza", completou Wood.
Nem todos concordaram com os americanos. O governo da Argélia admite que crise ganha uma dimensão preocupante. Mas pede que todos evitem escalada e não condena iranianos.
Segundo o país africano, é a "arrogância de Israel" e a ocupação de terras palestinas que está levando a uma situação crítica. "Estamos em uma encruzilhada: ou cumprimos o direito internacional, ou teremos caos", disse a delegação argelina.
Para ele, a "raiz dos problemas é a ocupação israelense". "Os recentes acontecimentos não podem esconder que o problema é a ofensiva contra os palestinos", disse.
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