Cães e bebês mortos: Trump recorre a conspirações e é desmentido
O candidato do partido republicano, Donald Trump, usou conspirações que circulam pela internet e mentiras para justificar suas propostas de políticas durante o debate presidencial nos EUA. O ex-presidente, apenas no primeiro trecho do evento, foi desmentido em duas ocasiões por parte dos mediadores, que tinham indicado que não iriam fazer fact-checking.
Kamala Harris, numa mudança radical em comparação ao desempenho de Joe Biden, conseguiu irritar o republicano e rebater algumas de suas principais acusações. Por vezes, apenas rindo.
Trump, por exemplo, recorreu às histórias que proliferam nas plataformas digitais de que os imigrantes estariam comendo animais de estimação de americanos, em cidades supostamente invadidas por estrangeiros.
"Em Springfield, eles estão comendo cães. As pessoas que entraram estão comendo gatos. Eles estão comendo animais de estimação das pessoas que estavam lá", disse. Na cidade de Springfield, em Ohio, as autoridades desmentiram a informação.
Durante o debate, os mediadores da ABC também desmentiram o republicano.
Trump também foi questionado sobre sua declaração de que, com a entrada de imigrantes, os índices de violência aumentaram.
O republicano usou por pelo menos duas vezes uma referência à Venezuela para falar de um suposto aumento dos crimes nos EUA. Mas o mediador da ABC desmentiu Trump e citou dados do FBI, que mostram uma queda nos índices de criminalidade.
A moderadora Linsey Davis ainda desmentiu a afirmação de Trump de que existiriam estados americanos onde a morte de bebês seria autorizada.
Irritado, o candidato ainda rebateu seu envolvimento nos ataques de 6 de janeiro de 2021, quando o Capitólio foi invadido.
A guerra em Gaza também foi usada por Trump para atacar Kamala Harris. Segundo ele, se a democrata vencer a eleição, "Israel deixará de existir em dois anos".
Kamala rebateu. "Ele quer ser um ditador, desde o primeiro dia. Ditadores pelo estão torcendo por você pois podem te manipular", disse a democrata.
Para se defender, Trump recorreu aos elogios que recebeu de Viktor Orbán, primeiro-ministro de um país com uma economia diminuta, a Hungria. Mas considerado como uma referência da extrema direita mundial.
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