Em NY, Haddad tentará atrair investimentos pós queda de juros nos EUA
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai tentar posicionar o Brasil para receber investimentos externos, depois da queda da taxa de juros nos EUA. Nesta semana, pela primeira vez desde 2020, o Federal Reserve Bank anunciou um corte de 0,50 ponto percentual nas taxas de juros do país, que fica entre 4,75% e 5,00%.
Na avaliação do governo brasileiro, um dos impactos pode ser a busca de mercados emergentes por parte dos investidores para aplicar recursos em busca de ganhos maiores.
Haddad, em encontros com CEOs e eventos com investidores, apresentará o Brasil como destino desses recursos.
O ministro desembarca em Nova York no sábado, dia 21, ao lado de uma ampla delegação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cidade será a anfitriã da Assembleia Geral da ONU, com a abertura marcada para terça-feira.
Entre os eventos, Haddad estará no World Business Council for Sustainable Development e participa de um evento ao lado da presidente do Banco do Brics, Dilma Rousseff e a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen.
Parte de sua agenda é ainda tentar atrair investimentos para a transição verde no Brasil. Para isso, Haddad falará num evento organizado pelo Milken Institute e fará parte de uma mesa-redonda sobre o Tropical Forest Finance Facility (TFFF), parte do Global Business Forum da Bloomberg Philanthropies.
Investimentos
Dados apresentados pelo presidente da Apex, Jorge Viana, em eventos em Nova York destacam o papel dos investidores americanos. Segundo ele, "os EUA são o primeiro investidor estrangeiro no Brasil com cerca de US$ 246,3 bi de investimentos e ocupam essa posição há pelo menos uma década".
"Em termos de anúncios greenfield os EUA foram a principal fonte de anúncios em 2023, totalizando cerca de US$ 7 bilhões em 126 projetos, à frente de Holanda, França e China somados", disse.
"Foi um verdadeiro salto, pois em 2022, os anúncios ficaram em torno de US$ 2,7 bi em 84 projetos", destacou, indicando para o interesse em tecnologia, energias renováveis e em minerais críticos.
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