Trump nomeia para ONU republicana que defendeu ajuda ilimitada para Israel
Donald Trump anunciou que sua nova embaixadora na ONU será a deputada republicana Elise Stefanik. Ela foi uma das principais críticas ao posicionamento de Joe Biden na guerra em Gaza, insistindo que os americanos precisam garantir um apoio irrestrito ao governo de Israel.
Foi ela também que liderou uma pressão contra reitores de universidades americanas que tenham aberto espaço para grupos que denunciam o genocídio de palestinos.
"Elise é uma lutadora incrivelmente forte, dura e inteligente do America First", disse Trump em uma declaração anunciando sua nomeação. Aos 40 anos, ela é a presidente da Conferência Republicana da Câmara dos Deputados e, após anos questionando o presidente eleito, passou a assumir um papel central na defesa de suas ideias. Ela chegou a ser cotada para vice-presidente.
Na Câmara, ela liderou a contraofensiva em relação aos projetos que pediam o impeachment de Trump.
Em discurso no começo do ano diante do Parlamento de Israel, ela defendeu uma ajuda militar total para apoiar a guerra contra o Hamas em Gaza. Segundo ela, os EUA devem fornecer "ao Estado de Israel o que ele precisa, quando precisa, sem condições de alcançar a vitória total diante do mal".
Ainda que tenha sido duramente criticado por governos de todo o mundo, Biden chegou a suspender um envio de armas, o que abriu um mal-estar entre ele e Benjamin Netanyahu. Esse posicionamento foi abandonado meses depois, com uma ajuda de US$ 1 bilhão em armas para o aliado no Oriente Médio.
Em seu discurso, e deputada criticou a ideia de que houvesse alguma restrição na ofensiva contra o Hamas. "A vitória total começa, mas só começa, com a eliminação dos responsáveis pelo 7 de outubro da face da Terra", disse Stefanik.
Atacou protestos pró-palestinos nas universidades
Ela também foi uma das vozes mais enfáticas na denúncia do antissemitismo nos campos universitários nos EUA. Foi a partir da pressão principalmente de republicanos que reitores passaram a usar força para dispersar os protestos pró-palestinos. A deputada foi amplamente elogiada por Trump por suas críticas aos reitores, que acabaram tendo de renunciar.
Durante seu discurso em Tel Aviv, Stefanik acusou os ativistas pró-palestinos de "conclamar a intifada e o genocídio" contra os judeus. "Esses pontos de vista, embora tenham sido divulgados por alguns membros democratas radicais do Congresso, não refletem os pontos de vista do povo americano", disse Stefanik.
Stefanik foi para a Universidade Harvard e trabalhou na Casa Branca sob a gestão de George W. Bush. Com apenas 30 anos, ela foi a mulher mais jovem já eleita para o Congresso.
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