Sob ataque, Trump divulga informes alegando que tarifas 'funcionam'

"Um relatório de 2023 da Comissão de Comércio Internacional dos EUA - que analisou os efeitos das tarifas da Seção 232 e 301 do Presidente Trump sobre mais de US$ 300 bilhões em importações dos EUA - constatou que as tarifas reduziram as importações da China, estimularam efetivamente uma maior produção dos produtos afetados nos EUA e tiveram efeitos muito pequenos sobre os preços a jusante", insistiu.

A lista não inclui dezenas de outros estudos que mostram exatamente um efeito contrário, com o risco de recessão para a economia americana, inflação e uma crise global.

A Casa Branca ainda citou o Economic Policy Institute que concluiu que as tarifas implementadas "não mostraram claramente nenhuma correlação com a inflação" e tiveram apenas um efeito fugaz sobre os preços em geral".

Citando ainda o Instituto de Política Econômica, o Executivo indicou que os produtores de aço dos EUA anunciaram planos de investir mais de US$ 15,7 bilhões em instalações de aço novas ou modernizadas, criando pelo menos 3.200 novos empregos diretos.

O comunicado ainda usou falas de ex-membros do governo democrata, sem contextualização.
"A ex-secretária do Tesouro de Biden, Janet Yellen, afirmou no ano passado que as tarifas não aumentam os preços: "Não acredito que os consumidores americanos verão qualquer aumento significativo nos preços que enfrentam", disse.

O documento insiste que uma análise econômica de 2024 constatou que uma tarifa global de 10% faria a economia crescer em US$ 728 bilhões, criaria 2,8 milhões de empregos e aumentaria a renda real das famílias em 5,7%.

O setor do aço é o principal destaque. "As tarifas sobre o aço no primeiro mandato do presidente Trump resultaram em milhares de empregos no setor metalúrgico, além de aumentos salariais", garantiu, sem mostrar evidências.

As tarifas levaram a uma onda de investimentos nos Estados Unidos, com mais de US$ 10 bilhões comprometidos com a construção de novas usinas.