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Tarcísio crê que pode chegar ao segundo turno, com a fragmentação em SP
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Bolsonaro vai perder a eleição no Brasil e em São Paulo.
Tarcísio crê que pode ser uma espécie de resposta do bolsonarismo no Estado dos Bandeirantes. Ele é o bolsonarismo sem Bolsonaro. Portanto tem menos rejeição, sem perder os votos do bolsonarismo raiz. Além de tudo, Tarcísio é muito mais preparado do que Bolsonaro, o que não é difícil.
A menor rejeição permite que ele possa ter votos conservadores, que abandonaram Bolsonaro pelas respectivas atitudes e conjunto terrível da obra; o preparo pode trazer votos de centro, que enxergariam a consistência gerencial que Bolsonaro não possui, inclusive parte do espólio de Alckmin.
Tarcísio se mostra entusiasmado, segundo pessoas que participaram de reuniões, porque a fragmentação em SP é grande.
Há 3 nomes com relevo do centro para a direita conservadora, Rodrigo Garcia, Arthur do Val e Tarcísio. Há 3 nomes do centro à esquerda: Márcio França, Guilherme Boulos e Fernando Haddad.
E haverá outros candidatos nanicos, que no conjunto devem chegar, quando muito a 5% das intenções de voto. Dez por cento dos eleitores tendem a votar nulo, branco ou se absterem.
Tarcísio tem dito que pode alcançar 15% celeremente e tem potencial de 25%, se ficar claro o apoio de Bolsonaro, conforme pesquisa Ipespe. Bolsonaro tem para presidente número semelhante em SP.
Há uma crença de que Garcia, assumindo o cargo de governador, com as alianças que tem, evolua para 10%, onde iniciará a sofrer dificuldades de expansão, segundo apoiadores de Tarcísio.
Arthur do Val, pela lembrança da campanha à prefeitura, e pela atuação nas redes sociais teria potencial de 5% de intenções.
Márcio França, que não possui um voto só de esquerda, pela lembrança, vaga em torno de 15%, Haddad 20%, Boulos 10%. Potencial. Isso quer dizer números que podem ser atingidos com o desenrolar da campanha, antes de entrar no período eleitoral propriamente dito, o oficial. Conduzindo a uma fragmentação nunca vista em São Paulo.
É nisso que aposta Tarcísio. E na hipótese, que ele considera inarredável, de que irão para o segundo turno, alguém do centro para a direita e Haddad da esquerda.
E, aí a aposta é que São Paulo, no seu todo, é antipetista, e quem chegar ao segundo turno, derrota Haddad. Este, conseguiu não ir para o segundo turno da eleição para prefeitura, sendo incumbente. Algo raro.
Nesses dados, que como se aludiu, têm uma distribuição inédita, e são disputados votos viúvos de Alckmin, que devem se distribuir entre Tarcísio, França, Haddad e Garcia, sustentam-se as análises da turma de Tarcísio para exibir um imenso otimismo e acreditar que ele pode surpreender e se tornar o governador do Estado.
O que não era imaginado; a lacuna se abriu com a desistência de Alckmin de uma eleição praticamente encaminhada.
Isso vai marcar sua carreira com estigma bem complicado para os eleitores antipetistas de São Paulo, que sempre foram pilares para as eleições do cidadão que mais governou São Paulo em tempos de democracia.
Alckmin cruzou o Rubicão. Não pode voltar atrás, sem prejuízos significativos.
A questão França x Haddad ainda não está definida, mas mesmo que França retire a candidatura, seus votos não migram todos para Haddad, eles se redistribuem, provavelmente de modo fragmentado.
Tarcísio está otimista. Rodrigo Garcia vem com muita vontade e a partir de abril desponta mais claramente.
São Paulo vai ter a eleição mais disputada e complexa da sua história.
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