Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
As mentiras que Lula, Bolsonaro e o PT contam para nós, tiram a esperança
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Lula, Bolsonaro e o PT mentem atrevidamente para nós. Concurso de embustes, ilusionismo e desfaçatez.
Lula sabe que não poderá "abrasileirar" os preços da Petrobras, faz discurso duro contra o mercado e nos bastidores busca-o, vai ter o apoio de André Esteves e agora, de Benchimol, para o conúbio posterior.
Ele nos engoda por ação e omissão. Desconversa sobre Petrobras, em vez de falar como faria para evitar a repetição, já que precisará "conciliar" com o Centrão, adiante, para ter maioria no Congresso.
Lula esconde a proposta econômica deliberadamente, para fugir das críticas, mostrando que aquela coragem decantada "de um jovem de 76 anos" é verbal.
Não informa qual será a âncora fiscal, põe Dilma no discurso e a retira da campanha. E do governo. A mãe do PAC vai ser asilada, em Porto Alegre, divisando o pôr do sol no Guaíba.
O problema para ele é que perdeu o encanto.
Lula não é mais o ícone da esperança que vence o medo. Envelheceu politicamente, deixou escapar a possibilidade de produzir sonhos contemplando um Brasil melhor.
No popular, Lula perdeu o "ziriguidum". O molejo. Ele se transformou em boia salva-vidas para evitar Bolsonaro e a ameaça à democracia. Condição necessária, não suficiente.
Vive da desgraça alheia.
Acompanhando-o nessa balada, encontra-se o PT, maior partido em preferência nacional, cerca de 28%, também por que os outros são distopia ainda maior, que nos brinda com a hipocrisia soberana.
O PT contra o Orçamento Secreto PARTICIPOU do Orçamento Secreto.
Quando o "ínclito" senador Rogério Carvalho votou a favor do Orçamento Secreto, disse que foi para não haver interferência do Judiciário. Hoje, sabemos que ele destinou R$ 200 mil para Brasília e Vila Boa.
Na CPI Carvalho viveu um intransigente defensor da moral e dos bons costumes, honrando a tradição de "quanto mais moralismo, mais desfaçatez".
Porém, o estupor não para por aí, os senadores Humberto Costa e Fabiano Contarato, que vestiram a máscara do politicamente correto, a favor do bem-estar mundial, também participaram da festa pobre do Orçamento Secreto, " toda essa droga, que já vem malhada antes de eu nascer", conforme por Cazuza. O deputado Paulo Guedes (MG) também. Ou seja, o PT moralista se lambuzou do Orçamento Secreto,
segundo Mariana Carneiro, Estadão.
Isso seria revoltante, se não conhecêssemos o PT de outros carnavais, fala uma coisa, faz outra.
Todavia, mesmo sabendo de quem se trata, isso incomoda, porque a luz da esperança se apaga de novo, e o Brasil entrará em mais um túnel escuro sem alvorecer à vista, em 4 anos.
A única coisa que Lula abrasileirou foi o "vermelho", com viés marqueteiro de um novo Duda de plantão, prestidigitador "on duty". Para balançar a bandeira vermelha novamente no dia da vitória, quando chegar.
Sidônio, o heterônimo de Duda paz e amor, nos trata como néscios, com o "Lula verde-amarelo".
Mas, por amor à discussão, por hipótese, e se Bolsonaro ganhar? O que teremos pela frente?
Dadas todas as condições econômicas, que normalmente soterram o incumbente, e todo conjunto da obra estouvada de Bolsonaro e seus aliados, se ele triunfar, se sentirá o Imperador do Brasil, consagrado pelas urnas. No caso, com razão, Aí teríamos o quê?
Economicamente ninguém sabe, pois Paulo Guedes hoje é uma fotografia retirada da parede e dói mais do que a Itabira de Drummond.
Haverá mistura de "liberalismo estatista", como o controle de preços da Petrobras? Virá um Brasduto do Centrão para impulsionar a nossa economia de campeões nacionais de influência pessoal?
Não se sabe.
Pedro Jobim, dono do fundo Legacy, que nos ensinou que Paulo Guedes era o melhor ministro da Economia do mundo (sic), sabe nos contar a desgraça que será o PT, mas, talvez, tenha perdido sua caneta, para escrever sobre a hecatombe bolsonarista do devir.
A pergunta que ele e outros podem nos responder, para esclarecimento, é se com a eleição de Bolsonaro teríamos uma possível alternância de poder futura (ou a entronização do capitão), como Alckmin alertou que não haverá, ou se mergulharemos num "viktororbánismo" tupiniquim, em que as vacinas seriam proibidas e a farta distribuição de armas nos ensejaria tiroteios urbanos pelas ruas, em nome da segurança individual.
Como seria uma saída de um Palmeiras x Corinthians?
Tem mais:
Ou nossa saúde seria bem-cuidada por um Pazuello redivivo, agora inocentado pela justiça amazônica? Ou haveria um Mílton Garimpeiro qualquer, a tratar do futuro de nossas crianças e do "alavancamento" educacional do Brasil, com ajuda de pastores com "olhar de mercado"?
Bolsonaro blefa todo dia. Lula, só quando respira. Triste realidade.
A esperança vencera o medo. A mentira hoje enterra a esperança.
A terceira via é um grupo de narcisos, que não souberam captar a demanda que tinham.
Mas, o Brasil vai superar tudo isso. Tudo passa.
É uma quadra.
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