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Josmar Jozino

Polícia apura morte de morador de rua baleado durante assalto em Botucatu

Imagens do assalto em Botucatu (SP) divulgada em rede social - Reprodução/Twitter
Imagens do assalto em Botucatu (SP) divulgada em rede social Imagem: Reprodução/Twitter

Colunista do UOL

31/07/2020 11h32Atualizada em 31/07/2020 12h36

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As circunstâncias da morte do morador de rua Ivan de Almeida, de 29 anos, durante assalto em Botucatu (SP) esta semana, serão investigadas pela Polícia Civil.

Um delegado da corporação havia confirmado ao UOL na tarde desta quinta-feira (30) que Almeida tinha participado da ação criminosa e morreu em troca de tiros com policiais militares. No entanto, após publicação de reportagem nesta coluna, o mesmo delegado afirmou à reportagem, às 22h42, que ainda havia dúvidas em relação ao envolvimento do rapaz no assalto

A família e amigos de Almeida usaram redes sociais para se manifestar e afirmaram que ele era um morador de rua, sem relação com o crime ocorrido nesta semana.

Na manhã de hoje, o delegado seccional de Botucatu, Lourenço Talamonte, informou que policiais do COE (Comando de Operações Especiais), unidade do Comando de Policiamento de Choque da Polícia Militar, apresentaram a ocorrência na delegacia alegando que o rapaz morreu em confronto, durante troca de tiros.

O tenente-coronel José Semensati, comandante da PM (Polícia Militar) em Botucatu, disse que, segundo informações de agentes do COE, Ivan de Almeida participou do roubo, usava colete à prova de bala, estava armado com um fuzil, reagiu à prisão, trocou tiros com os policiais e morreu no revide.

A Polícia Civil apreendeu armas de PMs de Botucatu e de PMs do COE, de São Paulo, e também da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), e mencionou no boletim de ocorrência que as informações prestadas pelos policiais militares que disseram ter trocado tiros com Almeida têm inconsistências e precisam ser melhor apuradas.

Roubo de R$ 1,6 milhão

Segundo a Polícia Civil, provas periciais indicam que a quadrilha que atacou bancos nesta quinta-feira em Botucatu é a mesma que explodiu agências bancárias em Ourinhos em maio deste ano e roubou R$ 52 milhões, e em Bauru, em setembro de 2018, quando um bando levou R$ 10 milhões da Caixa Econômica Federal.

O delegado divisionário do Deic (Departamento de Investigações Criminais) de Bauru, Ricardo Dias, informou que o ataque em Botucatu foi a agências bancárias e não a caixas eletrônicos, como havia informado a princípio ao UOL.

O delegado Lourenço Talamonte disse que, na ação em Botucatu, foram apreendidos R$ 1,6 milhão roubados de uma agência bancária. As informações iniciais eram de R$ 2 milhões. Segundo o policial, ainda não há confirmação se os ladrões levaram ou não mais dinheiro porque o banco, até a publicação desta reportagem, não passou esses dados.