Josmar Jozino

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Chinês é condenado por criar desmanche de iPhones furtados e roubados em SP

O chinês Mei Wanwen, 36, é acusado de manter duas lojas no centro de São Paulo para desmanchar iPhones furtados e roubados, substituir as peças de um telefone celular para outro e depois revender os aparelhos. Ele foi condenado a cinco anos por receptação, mas recorre em liberdade.

A reportagem telefonou para o advogado de Mei Wanwen, mas não conseguiu falar com o defensor dele. O espaço continua aberto para manifestação.

Nas lojas, localizadas na rua Barão de Duprat, na Sé, policiais civis encontraram 201 carcaças de iPhone, além de 36 aparelhos da mesma marca intactos e outros oito já desmontados, mas com os números do Imei (Identificação Internacional de Equipamento Móvel) ainda preservados.

Policiais civis da 1ª Delegacia Seccional (Centro) chegaram até Mei graças à denúncia anônima. O autor revelou com detalhes o esquema do chinês e informou que ele adquiria produtos de origem ilícita e usava as lojas para desmonte e montagem de novos aparelhos.

Os agentes conseguiram identificar os oito aparelhos com Imei preservados. Sete vítimas foram localizadas e prestaram depoimento. Todas elas confirmaram na delegacia que foram atacadas e tiveram o iPhone levado por ladrões.

Os ataques aconteceram entre os dias 17 de novembro do ano passado e 16 de março deste ano. Os crimes foram cometidos em Cidade Dutra, Cidade Ademar e Santo Amaro, na zona paulistana, Freguesia do Ó, zona norte, e Liberdade, Campos Elíseos e Pari, no centro de São Paulo.

As investigações conduzidas pelos policiais civis apontaram que uma pequena parte das carcaças de celulares foi deixada nas lojas para manutenção. Algumas tinham até nota fiscal. Mas muitos não possuíam documentação.

Produtos de crime

Na denúncia pelo crime de receptação oferecida pelo MP-SP (Ministério Público do estado de São Paulo) contra o chinês, a promotora de Justiça Laurani Assis de Figueiredo observou que Mei tinha consciência de que ao menos os oito aparelhos com Imei intactos eram produtos de roubo e furto.

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A promotora argumentou ainda que ele desmontava e remontava as peças para dificultar a identificação dos aparelhos e encobrir a origem ilícita deles. Ela citou na denúncia que, dos oito iPhones apreendidos, cinco foram roubados e três furtados.

A juíza Simone Candida Lucas Marcondes, da 17ª Vara Criminal da Capital, condenou Mei a cinco anos no dia 18 de outubro deste ano. A magistrada concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade.

Ao depor em juízo, Mei alegou que comprou tudo com nota fiscal. Ele disse ainda que não tinha antecedentes criminais, mora no Brasil há 20 anos e tinha alugado os boxes das lojas havia um ano.

Reportagem

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