Sérvio morto em Santos era da máfia e procurado pela Interpol, diz polícia
Um homem morto a tiros na frente do filho e da mulher no último dia 5 em Santos, na Baixada Santista, foi identificado como Darko Geisler Nedeljkovic, 43, um sérvio acusado de integrar a máfia dos Balcãs e procurado no país de origem por ser matador de aluguel.
Darko foi assassinado com quatro tiros no bairro Embaré. Ele portava documento falso em nome de Dejan Kovac. Em princípio, a Polícia Civil foi informada que a vítima era um esloveno, mas depois apurou que tratava-se do sérvio, cujo nome foi incluído na difusão vermelha da Interpol, a Polícia Internacional.
O crime foi registrado por câmeras de vigilância. Darko entrava no prédio com o filhinho na garupa de uma bicicleta. A mulher estava ao lado em outra bike. Um atirador aparece a pé e dispara contra o sérvio.
O autor dos tiros depois atravessa a rua correndo e desaparece. Policiais civis de Santos investigam o caso, e com a a ajuda das imagens do circuito de segurança da rua onde ocorreu o crime, e relatos de testemunhas, esperam identificar o criminoso nos próximos dias.
O sérvio foi levado para um hospital da região, mas teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Vizinhos dele contaram à polícia que a vítima trabalhava em uma marcenaria, morava havia quatro anos na região e que era uma pessoa muito tranquila e reservada.
No Brasil, as autoridades comprovaram a verdadeira identidade de Darko após apurar que o passaporte esloveno que ele usava havia sido cancelado porque era de um homem que tinha perdido o documento em 2017.
Segundo as autoridades sérvias, Darko é acusado de ter matado Baranin Andrija Mrdak, em 2014. O crime aconteceu em frente de uma prisão. A vítima aguardava a nora perto do portão do presídio, onde a mulher tinha ido visitar o irmão. Dois motoqueiros se aproximaram, atiraram e fugiram.
Policiais sérvios disseram à época que Baranin era o melhor amigo e segurança de Armim Musa Osmanagic, líder de uma máfia balcã denomianada Skaljar, que foi assassinado em 16 de setembro de 2014 por um atirador de elite em um restaurante.
No dia do crime, Baranin estava a poucos metros de distância de Armin e não conseguiu protegê-lo. As autoridades sérvias e a Interpol emitiram então um mandado de prisão contra Darko.
Ele era suspeito de ter cometido outros assassinatos na Sérvia. No último deles, teria ficado ferido e foi dado até como morto. Foi quando ele fugiu para a Bósnia e depois viajou para se esconder em território brasileiro, segundo as investigações.
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